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Governo Milei questiona vacina contra dengue em meio a surto histórico da doença

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Argentina já soma mais de 120 mil casos e dezenas de mortes, mas administração acredita que imunizante não é necessário por enquanto

A Argentina está vivendo um surto de dengue que caminha para ser o pior de sua história. Somente neste ano, já foram registrados mais de 102 mil casos no país. Quando considerado o início da temporada, no segundo semestre do ano passado, os contágios passam de 120 mil e as mortes chegam a 79.

Segundo o último boletim epidemiológico do ministério da Saúde do país, desde janeiro, 102.898 casos de dengue foram notificados, contra 8.343 casos do mesmo período no ano passado.

Mais de 109 mil contágios foram autóctones, ou seja, os pacientes não contam com antecedentes de viagem recente para outros países, quase 4 mil foram “importados” e 6,7 mil estão sendo investigados. A incidência da doença é de 255 casos para cada 100 mil habitantes.

“Tivemos mais de 120 mil casos nas primeiras dez semanas do ano. Isso significa que, sem dúvida, vamos ultrapassar os 130 mil casos do ano passado”, diz o pediatra infectologista Eduardo López, referindo-se à temporada da doença, que dura até meados de maio.

O governo de Javier Milei, no entanto, afirma que não tem intenção de oferecer a vacina para a população, pelo tempo que seria necessário para que surta efeitos e por criticar a eficácia do imunizante.

“Por enquanto não consideramos necessária”, disse o porta-voz Manuel Adorni, quando questionado nesta semana sobre a prevenção com imunização diante do colapso de hospitais pela alta demanda por casos de dengue no país.

Ele afirmou que ao vacinar a população agora, “a imunização seria atingida em quatro meses, quando o mosquito já não for um inconveniente”. E acrescentou que “a eficácia da vacina também não está comprovada”.

O porta-voz disse, no entanto, que o ministério da Saúde argentino monitora a situação de forma permanente e que “quando haja que mudar algo da normativa ou da obrigatoriedade da vacina ou de que esta possa ser incluída no calendário de vacinação, isso será feito”.

“Isso não quer dizer que amanhã não possamos mudar o modo de atuar em relação à vacina, mas por enquanto, consideramos desnecessário”, concluiu.

Quando perguntado se haverá destinação de recursos à campanha contra a dengue, o porta-voz disse que “há recursos de propaganda para alguma emergência ou alguma questão para ser comunicada, por enquanto a dengue não está dentro dessa possibilidade”.

Eficácia das vacinas contra dengue

No Brasil, já existe uma vacina distribuída pelo SUS (Sistema Único de Saúde): a Qdenga, da farmacêutica Takeda. De acordo com a fabricante, as taxas de eficácia do imunizante em até 54 meses após a vacinação completa são:

  • 63% de eficácia para a doença sintomática de qualquer gravidade;
  • 85% de eficácia para internação pela doença;

Uma nova vacina, desenvolvida pelo Instituto Butantan, está em fase final de estudos e está prometida para entrar no SUS em 2025, caso seja aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O imunizante desenvolvido pelo Butantan apresentou as seguintes taxas de eficácia em ensaios clínicos de fase 3:

  • 73,5% de eficácia em quem nunca teve contato com o vírus;
  • 89,2% de eficácia em quem já teve dengue anteriormente;
  • 79,6% de eficácia geral.

 

*Com informação da Reuters.

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