Fiscais do Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero) realizaram na manhã desta terça-feira (26) uma vistoria na Policlínica Ana Adelaide, em Porto Velho. Dentre os problemas apontados durante a visita, estão falhas estruturais do prédio, além da falta de medicamentos básicos de atendimento.
Segundo o diretor de fiscalização do município, Sérgio Ferreira, a visita aconteceu após uma denúncia ser repassada ao departamento de fiscalização. Dentre as suspeitas apontadas, estariam a falta de medicamentos, e de profissionais para atender a demanda existente no local.
Durante a vistoria, os fiscais identificaram que mesmo tendo sido aberta apenas há um dia, a farmácia do local não apresenta a quantidade de medicamentos essenciais para o atendimento a população.
Em relação a questões estruturais, áreas com mofo foram identificadas em consultórios e áreas de internação. Dentre os medicamentos que já não existem na unidade foram listados: ibuprofeno, amoxicilina, losartana e até mesmo morfina.
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De acordo com funcionários, além da falta de medicamentos, a policlínica não tem recebido a quantidade necessária de esparadrapos, seringas, fraldas geriátricas e lençóis. “Nós recebemos 60 lençóis por dias, mas atendemos umas 300 pessoas, então você imagina, não tem como. O equipamento de oxímetro está quebrado. Usamos um outro equipamento dos alunos que trabalham aqui”, diz um das funcionárias.
Socorro Dinavir, diretora da unidade, explica que a média de atendimentos pode chegar a 300 por dia, e que, atualmente, existem em regimes de plantão de 12h, com dois clínicos gerais e um pediatra. No entanto, o diretor de fiscalização, Sérgio Ferreira, informou que o ideal para o volume de atendimento do local seriam de cinco profissionais, sendo dois clínicos gerais e três pediatras.
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De acordo com Sérgio, esta é a primeira vistoria realizada na unidade em 2019, porém os problemas apontados no local, já haviam sido notificados em novembro, quando o Cremero recebeu denúncias das irregularidades no local.
“Nós não temos o poder de contratar novos profissionais ou coisa assim. O que o Cremero faz é fiscalizar para identificar os problemas e lançarmos em um relatório que é enviado para o prefeito, para a secretaria, e para o Ministério Público para que eles venham ter ciência e investigar para resolver a situação”, explica o diretor de fiscalização.
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Segundo Sérgio, as fiscalizações nas unidades de saúde podem ocorrer de modo espontâneo sem um cronograma especifico ou após denúncias. As informações colhidas durante a vistoria serão postas em um relatório que irá ser apresentado às autoridades municipais de saúde para o conhecimento da situação.
A assessoria da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) informou em nota que “as fraldas geriátricas estão disponíveis no almoxarifado da secretaria, cabendo ao gerente da unidade reabastecer o estoque. Os lençóis também são disponibilizados conforme a demanda apresentada pela gerência. Se houver necessidade de uma quantidade maior ela será disponibilizada. Já os medicamentos que foram citados: amoxicilina está disponível, assim como ibuprofeno em gotas. Losartana e morfina a Semusa está aguardando a entrega”.