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"Mau político", Bauza tenta levar São Paulo à final com medidas impopulares

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Edgardo Bauza não teria muitos votos numa eleição se dependesse de “agradar o povo”. Para levar o São Paulo à semifinal da Libertadores, o técnico tomou decisões polêmicas, impopulares ao longo da campanha. Sem a menor preocupação de agradar, pensou apenas no que seria melhor para seu time. Na maioria das vezes se deu bem. Em outras se deu mal.
Para tentar se livrar de uma desvantagem de 2 a 0 contra o Atlético Nacional, em Medellín, Patón vai de Centurión. Não só pela rima ou por serem argentinos, mas por achar que um revezamento entre ele, Michel Bastos e Wesley no meio pode ser o melhor substituto de Ganso.
A opção gerou críticas de são-paulinos nas redes sociais. Não é a primeira vez. As convicções do argentino, bicampeão do torneio (LDU em 2008 e San Lorenzo em 2014), ajudaram a levar o time, desacreditado na fase de grupos, a figurar entre os quatro melhores da América.
Para se classificar, o Tricolor precisa de uma vitória por dois gols de diferença, com placar igual ou superior a 3 a 1. Se repetir o resultado da primeira partida, a decisão vai para os pênaltis. Ou seja, bola na rede é fundamental.
Por conta disso, uma das opções cogitadas antes do treinamento de terça-feira era Alan Kardec no setor de criação. O atacante fez dois gols na vitória por 3 a 0 sobre o América-MG e se colocou à disposição para o setor onde Ytalo foi mal na derrota por 2 a 0 no Morumbi. Era a promessa perfeita para o político que quer ficar em alta com seus eleitores. Não para Bauza: ele não o vê com as características para ser o armador, apesar de ter feito a função no Santos.
João Schmidt, opção para dar qualidade de passe ao meio de campo, sentiu dores na coxa direita e deixou o treino de terça-feira chorando. Diante disso, sem Ganso e Kelvin, Bauza ficou com opções reduzidas: manter Ytalo, usar Daniel (nove jogos no ano) ou a formação escolhida.
Primeiro jogo, Bauza foi criticado por não recompor a defesa com Lugano, após a expulsão de Maicon, aos 28 minutos do segundo tempo. Àquela altura, o placar estava 0 a 0 e ele optou por deslocar Mena para a zaga, com Michel Bastos de lateral. Depois, colocou Hudson no lugar de Wesley. Negociou a “ordem” que diz jamais negociar. O Tricolor sofreu dois gols e a derrota.
Ao longo da Libertadores, Bauza também foi criticado por outras decisões impopulares. O treinador deixou Rodrigo Caio no banco contra o River Plate, no empate por 1 a 1, jogo que marcou o início da mudança de postura da equipe na temporada. Lugano e Maicon, os escolhidos, tiveram atuação exemplar no Monumental de Nuñez. Ele também barrou Maicon contra o Trujillanos (empate por 1 a 1 na Venezuela).
Sua decisão mais contestada, entretanto, foi deixar Paulo Henrique Ganso no banco no jogo que valia a classificação. Na altitude de La Paz, o São Paulo não podia perder para o The Strongest, e Bauza arriscou. Admitiu não ter a posse de bola, adotou o 4-1-4-1 com três volantes e se deu bem. Quase tudo que ele imaginou se concretizou, inclusive a vaga no mata-mata.
Entre as decisões impopulares, inclusive as manutenções de Michel Bastos e Denis, ambos criticadíssimos em determinados momentos da campanha, duas provam que Bauza não é um grande demagogo. Ele deixou Lugano no banco na vitória por 2 a 1 sobre o River Plate, partida que marcou o retorno do ídolo ao Morumbi. O Tricolor, inclusive, fez a estratégia de comunicação do jogo em cima da volta do uruguaio ao estádio. Ele ficou no banco o tempo inteiro.
O treinador também apostou no mesmo Centurión sob muita contestação antes de golear o Toluca, do México, por 4 a 0, nas oitavas de final, no Morumbi. Calleri estava suspenso, e Alan Kardec com virose. O argentino fez dois gols.
Agora, Bauza volta a apostar em Centurión para tentar fazer história na Colômbia. Ao seu jeito, fiel às convicções que o levaram à semifinal. Sem política.

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