Sabe-se que Samir teria sido exonerado por conta de Júnior Gonçalves. ‘Não vou ser preso, o Samir é meu’, teria dito o ex-chefe da Casa Civil
O novo diretor geral de Polícia é um delegado de campo, de operações. E hoje quem está em evidência é a ex-secretária executiva da Sesau, Michele Dahiane. Dizem que ela será algemada logo
Nos bastidores políticos se diz que as mudanças na Polícia Civil assustaram muita gente. Saíram o diretor geral, Samir Fouad Abboud, e a delegada adjunta Alessandra Marcela Paraguassu Gomes. O novo diretor geral é Jeremias Mendes de Souza, e o novo delegado adjunto é Claudionor Soares Muniz. Está no Diário Oficial de hoje.
Samir Fouad nunca foi ligado ao ex-chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, e desenvolveu um bom trabalho como diretor geral de Polícia. Acontece que, segundo dizem nos bastidores políticos, Júnior teria dito o seguinte, mais de uma vez: “Eu não vou ser preso, o Samir é um cara meu”. Isso teria causando desgaste.
Cada delegado tem as próprias características e o próprio ritmo de trabalho. O novo diretor geral de Polícia, Jeremias Souza, é um homem de ação, de campo, de operações. É o homem que coloca algemas em bandidos.
Quem mais está em evidência hoje é a ex-secretária executiva da Saúde, Michele Dahiane Dutra, devido aos rolos que aprontou com os contratos da Sesau.
Michele, de forma criminosa, retirou empresas que venceram licitações para prestar serviços à saúde. No lugar colocou hospitais e outras empresas que cobram muito mais caro, em um esquema que, segundo dizem, seria comandando por Júnior Gonçalves.
Um desses esquemas aconteceu no Hospital de Base, onde uma das empresas instalou uma UTI Infantil. Michele Dahiane deixou a UTI fechada durante três meses, para poder passar o contrato para uma empresa chamada Inao. Nesse período, crianças ficaram sem atendimento. Isso estaria sendo investigado. Nos bastidores, se diz que Michele será algemada por isso, pois está sendo apurado o que aconteceu com aquelas crianças.
Michele aprontou mais coisas, quebrou outras empresas, como a que fornecia alimentação para o Hospital de Base e o Cosme e Damião. Assim, entregou um esquema marmitas indiretamente para o Grupo Caleche, por R$ 500 mil a mais por mês. O Caleche chegou a apresentar um atestado falso, alegando que fornecia quase 5 mil refeições por mês a uma clínica de estética. Tudo isso para conseguir o contrato com Michele, de maneira fraudulenta.
Quem é que fica internado em clínica de estética? E clínica de estética tem funcionários suficientes para comer tudo isso?