Alunos estão fora da sala de aula há dois anos: primeiro por causa da pandemia e agora pelo atraso da reforma. Pais relatam dificuldades em oferecer um ensino de qualidade para os filhos.
Pais reclamam que crianças de Buritis (RO) ainda não voltaram para as aulas presenciais por causa da lentidão de uma reforma em uma unidade de ensino. A preocupação aumenta, pois segundo os pais, as crianças já ficaram dois anos fora da sala de aula por conta da pandemia da Covid-19. O vídeo acima mostra as condições da escola.
A instituição alvo da reivindicação é a Escola Municipal José Bonifácio de Andrade, localizada na Linha C-34, na Zona Rural de Buritis. Ao total, 214 alunos estão matriculados na unidade, do pré-escolar ao 9º ano do ensino fundamental. Como essas séries iniciais envolvem domínio da língua falada e escrita, os pais se preocupam com a alfabetização dos alunos.
“Como o pai eu não sou formado em educação infantil. É muito difícil ser produtor rural e ensinar duas crianças a ter um aprendizado decente”, aponta um dos pais.
De acordo com as reclamações, em novembro de 2021 o Município assinou uma Ordem de Serviço para a reforma geral da escola. Para que a obra fosse possível, o prédio foi totalmente desocupado.
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A previsão inicial era que os trabalhos durassem seis meses, mas uma nova data mais distante foi estabelecida. Enquanto isso, os estudantes continuam com atividades em casa com o auxílio de apostilas e tarefas impressas.
Os pais e responsáveis apontam que é um desafio manter uma educação de qualidade para os alunos nas residências, principalmente considerado que eles já estão há mais de dois anos distantes da escola.
“Os alunos estão fingindo, dentro do sistema educacional, que estão estudando. Porque eles estão estudando através de apostilas. Eu tenho formação, mas a maioria da área rural não tem e muitas dessas crianças moram com os avós”, comentou uma mãe.
À Rede Amazônica, a Secretaria Municipal de Educação de Buritis informou que a empresa responsável pela obra alegou que a reforma não está parada. O atraso na entrega teria ocorrido por “demora na desocupação do prédio e por problemas geográficos e climáticos”.
A pasta informou que a nova previsão para retorno dos alunos é no final de julho. Enquanto isso as crianças continuam estudando de casa. Para isso os pais precisam buscar apostilas em um “barracão” de uma igreja evangélica, onde professores e demais funcionários estão trabalhando provisoriamente.
Por G1
