Caio Hey é um dos grandes nomes do circuito nacional. Foto: Carlos Monti/Divulgação
Rondônia é um dos cinco estados com menor população do Brasil (fica à frente apenas de Tocantins, Acre, Amapá e Roraima), mas está muito bem representado quando o assunto é um dos esportes da mente mais populares do Brasil e do mundo: o poker. É de lá que vêm alguns bons nomes nacionais da modalidade, tanto no cenário ao vivo quanto no mundo online.
Um desses grandes competiodres é Caio Hey de Lima, de Porto Velho, que pode ser incluído no hall dos melhores jogadores do país da atualidade. Ele ocupa a 34ª colocação no ranking brasileiro do Global Poker Index, principal medidor de desempenho do poker mundial, com pontuação de 1.009,75. Apesar de estar distante do líder Josias Santos (que tem 1.806,38), o histórico de Caio fala por si só.
Na ativa no poker profissional há pelo menos uma década (seu primeiro grande resultado foi em 2011), o jogador rondoniense ostenta uma carreira de títulos importantes. Ele conquistou 7 vezes o posto de primeiro lugar em eventos do Brazilian Series of Poker, um dos principais circuitos nacionais. Além disso, faturou uma das etapas do Latin America Poker Tour em 2014, em São Paulo.
Caio Hey já competiu em países como Espanha, Estados Unidos, Canadá, Argentina, Chile, Bahamas e Uruguai, acumulando uma quantia generosa em premiações em torneios importantes. Na carreira, o jogador já levou pra casa cerca de US$ 1,2 milhão (mais de R$ 6,3 milhões).
Outra fera do poker rondoniense é Tiago Magalhães. Figura conhecida nos torneios nacionais, ele tem como maior feito da carreira o título de um dos eventos do Brazilian Series of Poker em 2018, quando superou mais de 100 jogadores (entre eles o próprio Caio Hey) e ficou com o primeiro lugar no Main Event. O título rendeu a Tiago uma premiação de R$ 404 mil, a maior de sua carreira até hoje no poker ao vivo.
Tanto Caio quanto Tiago têm no currículo outro título de peso no poker nacional: o Campeonato Brasileiro de Equipes (CBPE) com a seleção de Acre/Rondônia, conquistado em 2015 (terceira edição do evento organizado pela Confederação Brasileira de Texas Hold’em). Na ocasião, a equipe superou Sergipe, que foi vice-campeão, e outras 16 seleções.
Seleção do Acre e Rondônia faturou título nacional em 2015. Foto: Divulgação
Além dos dois, o time reuniu bons nomes do poker rondoniense, como Kennedy Coutinho, Marciano Vannucchi, Fernanda Filiputti, Tiago Magalhães e Maicen Teixeira, além do acreano Valder Bessa. A conquista colocou os estados definitivamente no mapa do esporte da mente nacional.
Destaques do online
Não é apenas no poker ao vivo que Rondônia revela bons nomes. O poker online também conta com alguns craques que representam o estado muito bem no mundo digital. O melhor deles no momento, de acordo com ranking da Pocket Fives, é Tiago Luis Dobgenski, jogador de Porto Velho (que também ocupa o top 100 entre todos os competidores do Brasil).
Dobgenski já faturou a quantia de US$ 307 mil (mais de R$ 1,6 milhão) em torneios e partidas digitais por diversos sites, incluindo o partypoker, que tem uma das melhores plataformas de poker para os jogadores profissionais. Ao longo da carreira no circuito online, o grinder de 34 acumula mais de 30 títulos, além de 51 vice-campeonatos.
Outro rondoniense que já ultrapassou a barreira de 1 milhão de reais em premiação na internet é Gerson Caldeira Braga, que faturou US$ 232 mil (R$ 1,2 milhão) ao longo de mais de 2000 disputas online, com 18 conquistas e 19 vice-campeonatos.
Wendel Lauterte é recordista do estado em faturamento online. Foto: Divulgação
Mas em termos de cifras, ninguém supera Wendel Lauterte. Conhecido no circuito como “wendellau”, o jogador de Cacoal ostenta uma premiação de carreira de US$ 774 mil (mais de R$ 4 milhões), o que faz dele um dos competidores brasileiros mais premiados em torneios e cash games de poker online. Recentemente ele esteve na mesa final de um dos eventos do partypoker MILLION, terminando na quarta colocação.
Por fim, vale destacar também Fabio River, outro representante da capital Porto Velho que faz bonito no mundo digital, com mais de 40 títulos conquistados. Sua premiação total de carreira é de cerca de US$ 492 mil (mais de R$ 2,6 milhões), ficando atrás apenas de Wendel Lauterte entre os rondonienses.
Com trajetórias de sucesso, a tendência é que nomes como Caio Hey, Tiago Magalhães, Tiago Dobgenski, Gerson Caldeira, Wendel Lauterte e Fabio River inspirem outros rondonienses a brilharem no poker nacional. Hoje, o estado se posiciona como um dos principais celeiros do esporte da mente na região Norte – não é à toa que possui um título nacional por equipes que é cobiçado por todos os estados. Com um cenário local cada vez mais organizado pela federação e por clubes de poker, pode-se dizer que o esporte cresce cada vez mais em Rondônia.
