quarta-feira, outubro 9, 2024
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Operação da Polícia Federal apura suposto pagamento de propina em troca de decisões da Aneel

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Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (21) uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão em Brasília a fim de apurar suposto recebimento de propina entre 2010 e 2013 por um ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), cujo nome não foi divulgado. Os mandados da operação, batizada de Elétron, tiveram três pessoas como alvos.

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A investigação começou em 2016 a partir de nota técnica da Controladoria-Geral da União (CGU) que identificou indícios de irregularidades em decisões tomadas pela diretoria da Aneel.

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As decisões teriam contrariado pareceres técnicos da própria agência para beneficiar empresas do ramo de energia. Segundo a investigação, os prejuízos para o poder público ultrapassam R$ 12 milhões.

No início da tarde desta sexta-feira, a Aneel divulgou nota na qual afirma que está “à disposição das autoridades para colaborar e prestar todos os esclarecimentos”.

“A Aneel procura sempre robustecer seus mecanismos de controle e tem um processo decisório transparente e alinhado com as melhores práticas mundiais de regulação”, diz o texto da nota.

 

O caso

Segundo investigadores, depois das decisões controvertidas, sete meses depois de deixar o cargo, o ex-diretor da agência constituiu consultoria e foi nomeado diretor de empresas da área de energia.

Na nova função, ele e sua consultoria teriam recebido transferências e depósitos de empresas da área de energia elétrica, supostamente beneficiadas em decisões da agência.

Ainda de acordo com a investigação, entre 2014 e 2015, houve um aumento de depósitos nas contas vinculadas ao ex-diretor e sua empresa de aproximadamente 300% em relação aos anos de 2011 a 2013.

De acordo com os investigadores, parte dos valores depositados não consta na declaração de imposto de renda dos dois anos.

Segundo a investigação, os indícios indicam que as transferências seriam uma contraprestação pelos benefícios obtidos pelas empresas após decisões tomadas pelo então diretor da Aneel.

 

 — Foto: Editoria de Arte / G1 — Foto: Editoria de Arte / G1

— Foto: Editoria de Arte / G1

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