Acusado de matar a facadas a irmã e o padrasto, e ferir outra, durante um surto psicótico no interior de sua residência, em maio do ano passado, o desocupado Edmilson Nazaré Nascimento, de 58 anos, deverá permanecer preso até que a autoridade policial conclua o laudo de insanidade mental.
Essa foi a decisão adotada pelos desembargadores da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Rondônia ao negar um habeas corpus impetrado pelos advogados do acusado. Ele está preso há nove meses pela acusação de duplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio.
No habeas corpus, os advogados defenderam a soltura dele, alegando demora na conclusão do laudo de insanidade mental pela perícia e que ele precisa de cuidados, ressaltando a necessidade de ele ser solto para ser transferido para o Estado do Acre, onde possui um filho que irá cuidar dele.
Ao negar o pedido, o relator do processo destacou que o exame psiquiátrico será realizado no próximo dia 24 de fevereiro e que a periculosidade do acusado torna necessário o aguardo dos exames, antes da decisão sobre a sua transferência para o Acre ou sua permanência em Rondônia.
No dia do crime, foram mortos Josefa Marileide Rosa, de 46 anos, e o ancião Adalto Ricardo Rosa da Silva, de 93 anos. Erivaldo da Silva, de 38 anos, foi ferido, mas conseguiu desarmar o acusado. Segundo familiares Edmilson possui um tumor na cabeça e toma remédios controlados.
Quando foi preso, ele disse aos policiais que seus familiares estavam fazendo um complô para mata-lo.