sábado, setembro 27, 2025
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Senado vota projeto que pode devolver elegibilidade a Ivo Cassol e Acir Gurgacz em 2026

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Proposta unifica tempo de inelegibilidade em oito anos e pode beneficiar políticos de Rondônia condenados por decisões colegiadas

O Senado Federal vota nesta terça-feira (26) o Projeto de Lei Complementar (PLP) 192/2023, que propõe a unificação do tempo de inelegibilidade de políticos condenados por órgãos colegiados. O texto estabelece o período fixo de oito anos, independentemente do fim do mandato, e pode beneficiar diretamente os ex-senadores rondonienses Ivo Cassol (PP) e Acir Gurgacz (PDT).

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Atualmente, a Lei da Ficha Limpa determina que o prazo seja o tempo restante do mandato mais oito anos após a legislatura, dispositivo considerado por alguns juristas como excessivo.

Cassol foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2013 por fraude em licitações entre 1998 e 2002, permanecendo inelegível até 2028. Já Gurgacz recebeu condenação em 2018 por desvio de finalidade em recursos do Banco da Amazônia, ficando impedido de disputar eleições até 2030.

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O PLP 192/2023 foi apresentado pela deputada Dani Cunha (União-RJ) e relatado pelo senador Weverton Rocha (PDT-MA) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Segundo o relator, a medida busca trazer “mais objetividade e segurança jurídica”, ao estabelecer com clareza o início e o fim da contagem do prazo.

Um dos pontos que mais gera debate é o caráter retroativo da proposta, que pode atingir condenações anteriores e reabrir espaço para candidaturas de lideranças políticas já afastadas da disputa eleitoral.

Se aprovado, o texto seguirá para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Caso vire lei, tanto Cassol quanto Gurgacz poderão disputar as eleições de 2026, reacendendo discussões em Rondônia sobre a participação de figuras tradicionais na política estadual.

Nas redes sociais, a proposta divide opiniões. Enquanto apoiadores comemoram a possibilidade de retorno dos ex-senadores, críticos afirmam que a mudança enfraquece os princípios da Ficha Limpa e pode abrir precedentes preocupantes para a credibilidade do sistema eleitoral brasileiro.

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