Contagem regressiva para o embarque.
Após semanas de negociações e crises diplomáticas, todos os brasileiros e seus parentes que estão na Faixa de Gaza, atingida por bombardeios de Israel, vão deixar a região. O avião com o grupo de 34 adultos e crianças deve chegar a Brasília entre domingo (12) e segunda-feira (13). Autoridades de Israel, Egito e da Faixa de Gaza, controlada pelo grupo extremista Hamas, haviam informado o governo Lula na quinta (9) que o grupo seria autorizado a partir para o Egito. Leia aqui.
Foram longos dias de espera e conversas entre diplomatas de vários países. Centenas de estrangeiros conseguiram fugir da guerra pela passagem de Rafah antes que o benefício fosse concedido aos brasileiros. A tensão foi agravada por um incidente diplomático recente, o encontro do embaixador de Israel em Brasília, Daniel Zonshine, com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Atitude do diplomata foi considerada quebra grave de protocolo, e mesmo uma provocação deliberada, por integrantes do Itamaraty, segundo apuração de Jamil Chade. Para Reinaldo Azevedo, com a inclusão dos brasileiros na “Lista de Gaza”, vai chegando ao fim um capítulo de “espantosa hostilidade israelense, marcada por provocações, inverdades e agressividade explícita”.
Michelle e Eduardo incentivavam o golpe, diz Cid. Na delação premiada à Polícia Federal, o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que a primeira-dama Michelle Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro faziam parte de um grupo radical que incitava o então presidente Jair Bolsonaro a não aceitar a derrota nas eleições.
Reportagem de Aguirre Talento informa que o grupo, segundo relato de Cid, costumava dizer a Bolsonaro que ele tinha o apoio da população e também dos atiradores esportivos, os portadores de armas de fogo conhecidos como CACs, para dar um golpe de Estado.
Cai o desmatamento na Amazônia. Dados do Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite) divulgados pela ministra Marina Silva na quinta (9) mostram queda de 42% no desmatamento de janeiro a julho na região amazônica. No estado do Amazonas, a queda chegou a 64%.
O Ministério do Meio Ambiente destacou ações que preservaram as florestas: mais multas aos infratores, expulsão de garimpeiros clandestinos em terras indígenas e ações integradas entre os estados. Apesar das boas notícias, a onda de queimadas preocupa bastante.
Como vai funcionar a polícia das Américas. O Tratado de Constituição da Ameripol ganha assinatura na mesma semana em que a operação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem), esta com as Forças Armadas, começa a agir em portos e aeroportos brasileiros. A Ameripol, ou Comunidade das Polícias das Américas, tem sede em Bogotá, na Colômbia, e um brasileiro na cúpula, Andrei Passos, diretor-geral da Polícia Federal.
Com o tratado assinado pelo Ministério da Justiça, a Ameripol fica reconhecida juridicamente como organismo internacional. São 30 países membros: veja a lista e os objetivos. Para o ministro Flávio Dino, a organização é importante tendo em vista a “transnacionalização do crime organizado”. Em portos e aeroportos, o combate ao tráfico de drogas e de armas vai utilizar 120 equipamentos da Marinha, entre eles viaturas blindadas e carros anfíbios.
Enel dobra lucro e corta funcionários. Foco de críticas e protestos depois que milhares de clientes ficaram sem luz, por vários dias, em São Paulo, a companhia Enel é multinacional italiana com presença em 30 países. Em São Paulo desde 2018, a Enel viu o lucro dobrar no período, ao mesmo tempo em que o número de funcionários, necessários para os reparos em dias de crise, foi cortado em 36%.
O número de residências atendidas aumentou em 7%, chegando a 14 milhões de clientes no Brasil. Em 2022, a receita líquida da empresa foi de 108 bilhões de euros. Leia aqui.
Morte de pets deixa os tutores abandonados. A perda de um animal de estimação desorganiza a vida. Não importa se a morte foi súbita, em acidente, ou anunciada aos poucos, por doença. A própria casa fica estranha, vazia. Mesmo quem se despediu de cães e gatos ao longo da vida aprende pouco: que a eutanásia nem sempre é a melhor solução, que o último suspiro, com o bicho no colo, ainda será um suspiro.
Natália Eiras faz para Nossa um relato sincero sobre a desorientação após a morte do gato siamês Mac, com quem conviveu por 10 anos. “Eles entraram em nossas casas, ganharam prioridade no estilo de vida de muita gente e se tornaram sujeitos de afeto profundo”, escreve, reconhecendo o sofrimento igualmente profundo. A psicoterapeuta Patrícia Vidal compara o sentimento em relação a seres humanos amados, e afirma que o luto requer esforço de adaptação. “O tutor se vê isolado, sem ter com quem partilhar seu pesar e vivência. Pode se sentir inadequado”
