Neste domingo (5), o papa Leão XIV expressou esperança de que o plano para Gaza alcance “os resultados desejados” em breve, reconhecendo os avanços recentes nas negociações para pôr fim ao conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas, que já dura quase dois anos.
Durante a tradicional oração do Angelus, na Praça de São Pedro, o pontífice pediu a todas as partes envolvidas que mantenham o compromisso com o processo de paz, destacando a necessidade urgente de se construir uma “paz justa e duradoura” na região.
“Rezo para que o plano para Gaza alcance os resultados desejados. Que todos se comprometam sinceramente com a paz e com o diálogo”, afirmou o papa.
Leão XIV, o primeiro papa norte-americano da história, eleito em maio deste ano para suceder o falecido papa Francisco, tem adotado um tom mais cauteloso em relação ao conflito do Oriente Médio, buscando equilibrar as preocupações humanitárias e diplomáticas.
O pontífice voltou a reiterar o apelo por um cessar-fogo permanente e pela libertação dos reféns mantidos em Gaza, destacando o sofrimento das famílias e das populações civis atingidas pela violência.
Durante sua fala, Leão XIV também demonstrou preocupação com o aumento do antissemitismo, citando o recente ataque a uma sinagoga em Manchester, na quinta-feira (2), durante o feriado judaico de Yom Kippur, que resultou na morte de duas pessoas.
“O ódio e a intolerância religiosa não podem ter lugar em um mundo que busca a paz”, alertou o papa.
Além do conflito no Oriente Médio, o líder da Igreja Católica dirigiu palavras de solidariedade às vítimas do terremoto de magnitude 6,9 que atingiu a região central das Filipinas na última terça-feira (30), deixando mortos e dezenas de feridos.
“Que o Senhor console as famílias enlutadas e fortaleça todos os que trabalham no resgate e na reconstrução”, disse o pontífice.