quarta-feira, setembro 24, 2025
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Alerta em Ariquemes: inspeção identifica risco de rompimento em barragem de rejeitos no garimpo de Bom Futuro

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Uma vistoria do Ministério Público Federal (MPF), em conjunto com a Agência Nacional de Mineração (ANM), revelou graves falhas de segurança na barragem Jacaré Superior, usada para contenção de rejeitos de cassiterita no garimpo de Bom Futuro. A estrutura apresenta risco de rompimento, especialmente durante períodos de chuvas intensas.

Principais riscos identificados

  • Talude lateral frágil: o ponto vulnerável fica perto de um canal escavado por garimpeiros nos primórdios da exploração mineral, o que pode comprometer a estabilidade da barragem.

  • Ameaça em chuvas fortes: as condições climáticas favorecem desmoronamentos, agravando o risco.

  • Falta de videomonitoramento: o relatório apontou ausência de sistema de videomonitoramento, mesmo após recomendações anteriores. A falta desse recurso dificulta acompanhamento em tempo real de fissuras ou deslocamentos.

Recomendação técnica

A ANM sugeriu que seja feito um novo desvio do rio próximo da barragem, para reduzir pressão na estrutura e evitar que a água agrave o desgaste do talude. No entanto, essa ação depende de estudos técnicos detalhados e aprovação ambiental antes de ser implementada.

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Possíveis impactos se a barragem romper

Se ocorrer um rompimento, as consequências podem ser graves:

  • Vazamento de rejeitos líquidos e sólidos que pode contaminar rios, solos, comunidades ribeirinhas e fontes de água usadas para consumo.

  • Danos à saúde humana, com risco de infecções ou intoxicações, dependendo da composição dos rejeitos.

  • Prejuízos econômicos para famílias que dependem da pesca, da agricultura ou de outras atividades ligadas ao rio e à natureza local.

  • Desgaste ambiental de longo prazo, incluindo destruição de ecossistemas aquáticos e perda de biodiversidade.

O que está em jogo

  • Barragens Jacaré Superior e Jacaré Inferior, ligadas às cooperativas Coopersanta e Coopermetal, são alvo de inquéritos civis que levantam a segurança dessas estruturas de rejeito da mineração de cassiterita em Bom Futuro.

  • A população local encontra-se vulnerável diante da possibilidade de rompimento, sobretudo moradores próximos à estrutura ou em áreas de drenagem natural de águas de chuva.

Reações e próximas etapas

  • Até o momento, não há registro público de manifestação oficial das cooperativas responsáveis sobre as recomendações mais recentes.

  • Há a necessidade urgente de instalação de sensores e monitoramento constante, comunicação preventiva com residentes da região, planos de evacuação e sistemas de alerta em caso de emergência.

  • A aprovação ambiental e os estudos técnicos para o desvio do rio devem ser acompanhados de perto pelas autoridades. A sociedade tem o direito de cobrar transparência e rapidez.

Conclusão

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A situação em Bom Futuro, Ariquemes, exige atenção imediata. Fatores estruturais negligenciados, a proximidade com uma antiga escavação clandestina e a falta de equipamentos de monitoramento jogam luz sobre um risco que pode deixar marcas irreversíveis — ambientais, humanas e econômicas. O MPF, a ANM e demais órgãos devem priorizar ações que assegurem a integridade da barragem e a proteção das comunidades locais, antes que seja tarde demais.

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