A possibilidade de concessão dos serviços de abastecimento de água e esgoto da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (CAERD) está gerando apreensão entre moradores e autoridades locais. Informações não oficiais apontam que um leilão poderia ocorrer já em outubro, mas até agora não houve audiência pública na cidade para debater o tema, o que aumenta a insatisfação da comunidade.
Em junho deste ano, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (SEDEC), por meio do Colegiado Microrregional da Microrregião de Águas e Esgotos (MRAERO), publicou a Resolução nº 03/2025, que autoriza a abertura de edital para prestação regionalizada dos serviços públicos de saneamento em 42 municípios rondonienses. A medida tem respaldo na Lei Complementar Estadual nº 1.200/2023, que instituiu a microrregião para organizar os serviços de água e esgoto.
No entanto, pontos importantes ainda não foram esclarecidos: o cronograma exato para cada município, os critérios da licitação e os impactos práticos para a população. Em Ouro Preto do Oeste, moradores relatam medo de aumento nas tarifas e dúvidas sobre a manutenção da qualidade e da cobertura do serviço.
“Estamos sem informação nenhuma. Só ouvimos falar em leilão, mas ninguém conversa com a população. Queremos saber se isso vai ser bom para nós ou apenas para quem ganhar a concessão”, questiona um morador.
Enquanto isso, a incerteza permanece. A comunidade de Ouro Preto do Oeste pede a realização de uma audiência pública local, para que governo, representantes da CAERD e sociedade civil possam debater os impactos sociais, econômicos e ambientais da medida.
A expectativa agora é que o Estado apresente um cronograma oficial e esclareça como será conduzida a eventual concessão, detalhando garantias de qualidade, critérios de regulação e mecanismos de participação popular.
Por Almi Coelho DRT-1207-RO/Alerta Rondônia