O deputado federal Reimont (PT-RJ) protocolou nesta quinta-feira (28) um pedido à Procuradoria-Geral da República (PGR) para abertura de investigação contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). No documento, o parlamentar solicita ainda que seja avaliada a necessidade de prisão preventiva, caso sejam encontrados indícios de risco à ordem pública ou ao andamento das investigações.
O pedido acontece no mesmo dia em que a Polícia deflagrou uma operação nacional contra organizações criminosas que utilizavam fintechs e fundos de investimento para lavagem de dinheiro. Segundo Reimont, a atuação de Nikolas em redes sociais, especialmente a divulgação de um vídeo em janeiro deste ano sobre suposta taxação do Pix, teria favorecido interesses ilícitos ao enfraquecer a proposta do governo de reforçar a fiscalização financeira.
Outro ponto destacado pelo deputado petista é a prisão de um primo de Nikolas, em maio, flagrado com 30,2 quilos de maconha. Para ele, o episódio reforça a necessidade de apuração rigorosa de possíveis vínculos do parlamentar com práticas criminosas.
Nikolas Ferreira reagiu com veemência às acusações. Em nota, afirmou que o pedido é uma tentativa de perseguição política. “Como um vídeo de janeiro de 2025 pode ter ajudado a movimentar R$ 46 bilhões de organizações criminosas entre 2020 e 2024? Eu sou atemporal?”, questionou. O parlamentar disse ainda que, se seus adversários pudessem, “o fuzilariam ou o matariam”.
Além de Reimont, outros parlamentares da base governista, como Rogério Correia (PT-MG) e Duda Salabert (PDT-MG), também protocolaram representações contra Nikolas na PGR. Até o momento, a Procuradoria não se manifestou sobre os pedidos.