O Brasil atravessa um momento delicado, em que parte da classe política parece cada vez mais distante das necessidades reais da população. Na madrugada do último dia 16 de setembro, a Câmara dos Deputados aprovou a chamada “PEC da Blindagem”, levantando fortes críticas por ser vista como um mecanismo que favorece a proteção de políticos acusados de crimes, ao invés de fortalecer o combate à corrupção.
Não bastasse isso, em vez de endurecer as penas contra irregularidades, parlamentares preferem abrir caminho para anistias e flexibilizações que servem de escudo aos que deveriam dar exemplo de transparência e responsabilidade.
Outro ponto que gera indignação é o fato de deputados federais utilizarem o mandato para falar mal do próprio Brasil no exterior, incitando discursos de ódio e até insinuando conflitos, quando deveriam estar trabalhando para promover a unidade nacional e propor soluções que tragam desenvolvimento.
Enquanto isso, problemas urgentes como saúde precária, desemprego, insegurança, infraestrutura abandonada e falta de políticas públicas efetivas seguem sem respostas concretas. O Parlamento, que deveria ser a voz do povo, tem ocupado boa parte de sua agenda com pautas de interesse próprio ou de pequenas minorias privilegiadas, deixando de lado os milhões de brasileiros que enfrentam dificuldades todos os dias.
É chegada a hora de refletir: até quando o povo brasileiro aceitará essa inversão de prioridades? O mandato não pode ser usado como escudo contra a Justiça ou trampolim para privilégios, mas sim como instrumento de transformação e justiça social.
O Brasil precisa de parlamentares comprometidos, que legislem para beneficiar milhares e não apenas alguns poucos. A política só terá sentido verdadeiro quando se tornar ferramenta de construção coletiva, e não de autoproteção.
Por Almi Coelho
DRT-1207/RO – Alerta Rondônia