A organização educativa denominada ECHO (sigla original em inglês que designa Educação, Comunidade, Esperança e Oportunidade), criou uma biblioteca móvel para estimular o aprendizado e a criatividade nas comunidades de refugiados da Grécia.
O projeto foi lançado por Laura Samira Naude e Esther ten Zijthoff, que já atuavam em organizações de direitos humanos e ajuda humanitária, com o apoio de amigos. A missão é preencher o tempo de espera que as pessoas são submetidas nestes assentamentos.
Uma Van equipada com estantes de livros e um espaço interno de leitura e estudo percorre os vários campos de refugiados do país, desde 2016, e pode ser vista na entrada destes locais, onde fica com o porta-malas aberto à espera de crianças e adultos.
De acordo com o site da organização, o cronograma semanal da biblioteca inclui visitas aos campos de Oinofyta, Malakasa, Lavrio, Elefsina e Korinthos, todos na Grécia.
A Van empresta livros em diferentes idiomas, como inglês, francês, árabe e persa, exemplares que fazem parte de uma coleção de mais de mil títulos. O projeto conduzido por uma equipe de voluntários oferece também acesso a computadores, atividades para crianças, aulas de idioma, orientação para indivíduos que buscam uma vaga de emprego ou o ingresso na universidade.
A iniciativa conta com financiamento coletivo e doações para custear o combustível para locomoção, bem como para a aquisição de livros e outros materiais.
Os campos gregos de refugiados se encontram em situação crítica, operando muito acima de suas capacidades. Segundo a ONG Comitê Internacional de Resgate, há mais de 50 mil refugiados no país e governo estima que outros cem mil chegarão à Grécia em 2020.
Desde 2015, quando a crise migratória mundial atingiu seu pico, a Grécia se tornou a principal porta de entrada para a União Europeia de migrantes vindos principalmente de países do oriente Médio e da África. O país passou a ser também o ponto de retenção para pessoas impossibilitadas de adentrar o continente.