O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Empresas Prestadoras de Serviços de Limpeza Pública Urbana e Privada, Asseio e Conservação no Estado de Rondônia (SINDILIMPRO) divulgou, nesta sexta-feira, uma nota de repúdio denunciando as condições consideradas “desumanas” enfrentadas pelos coletores de lixo que atuam em Porto Velho.
Segundo o sindicato, a empresa responsável pelo serviço na capital rondoniense estaria descumprindo o intervalo intrajornada, impedindo que os trabalhadores tenham o período mínimo de descanso, alimentação e recuperação física garantido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Relatos enviados ao SINDILIMPRO mostram que os coletores, em muitos casos, são obrigados a realizar suas refeições em calçadas, à beira das ruas ou em locais improvisados, expostos ao sol, chuva, poeira e riscos de trânsito — o que, segundo a entidade, caracteriza ambiente de trabalho degradante.
“É inadmissível que profissionais que trabalham diariamente na linha de frente da limpeza da cidade, prestando um serviço essencial à saúde pública, estejam sendo tratados sem o mínimo respeito e dignidade”, afirma a nota divulgada.
O sindicato informou que já protocolou ofícios junto à empresa responsável e também acionou os órgãos fiscalizadores, pedindo uma intervenção urgente. Para o SINDILIMPRO, as práticas relatadas configuram violação de direitos trabalhistas, atentam contra a dignidade humana e colocam em risco a saúde dos trabalhadores.
A entidade reforça que adotará todas as medidas jurídicas e institucionais necessárias para garantir que os coletores de lixo de Porto Velho tenham seus direitos assegurados, incluindo condições adequadas de descanso durante a jornada.
“O SINDILIMPRO não aceitará qualquer forma de desrespeito. Vamos lutar para garantir o cumprimento da lei e a valorização desses trabalhadores que mantêm Porto Velho limpa todos os dias”, conclui a nota.
Até o fechamento desta reportagem, a empresa responsável pela coleta de lixo em Porto Velho não havia se manifestado sobre as denúncias.
