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Israel convoca o embaixador do Brasil após Lula comparar guerra em Gaza com Holocausto

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Lula deu as declarações durante entrevista em Adis Abeba, na Etiópia, onde participou nos últimos dias da 37ª Cúpula da União Africana e de reuniões bilaterais com chefes de Estado do continente.

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula.

O presidente Lula fez a afirmação após ser questionado sobre a decisão de alguns países de suspender repasses financeiros à agência da Organização das Nações Unidas (ONU) que dá assistência a refugiados palestinos, a UNRWA.

No fim de janeiro, Israel acusou funcionários da UNRWA de envolvimento com ações terroristas do Hamas, o que motivou a suspensão de auxílio por parte de governos ocidentais, como os do Estados Unidos, Canadá, Austrália e Reino Unido. Não se sabe quantos funcionários estariam envolvidos.

Lula disse que, se houve um “erro” na UNRWA, que os responsáveis sejam investigados, mas afirmou que a ajuda humanitária não pode ser suspensa. Recentemente, o governo brasileiro anunciou que vai prestar auxílio à agência.

Mais reações

 

A fala de Lula também gerou reação da Confederação Israelita do Brasil (Conib). Para a entidade, o discurso do petista é uma “distorção perversa da realidade”.

“Os nazistas exterminaram 6 milhões de judeus indefesos na Europa somente por serem judeus. Já Israel está se defendendo de um grupo terrorista que invadiu o país, matou mais de mil pessoas, promoveu estupros em massa, queimou pessoas vivas e defende em sua Carta de fundação a eliminação do Estado judeu”, diz nota da Conib.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que Lula traz vergonha ao seu povo ao apoiar o grupo terrorista Hamas.

Análise de ex-embaixador

 

Em entrevista à GloboNews neste domingo, o ex-embaixador Rubens Barbosa disse que “a fala do presidente realmente passou da linha vermelha”, porque as críticas extrapolaram o governo de Netanyahu: “ele [Lula] critica o próprio Estado de Israel. Aí aumentou a gravidade e a reação do governo de Israel foi imediata”.

Barbosa avalia que Lula falou de improviso e que o Itamaraty não compartilha da opinião do presidente.

“Não creio que o incidente vai afetar as relações entre Brasil e Israel, porque há muitos interesses em jogo, inclusive na área de Defesa. Agora, realmente, essa declaração do presidente Lula gera desconforto internacional e coloca o Brasil numa posição de tomar partido, quando na nossa opinião o Brasil tem que se manter equidistante e implementar a política tradicional brasileira, que é a favor dos dois estados.”

Por g1

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