A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começou nesta semana o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros acusados pela tentativa de golpe de Estado. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a condenação exemplar dos réus, destacando que as provas reunidas ao longo da investigação são “esmagadoras”.
O processo traz centenas de mensagens, gravações de reuniões, vídeos e depoimentos oficiais que, segundo o PGR, comprovam a existência de uma conspiração articulada para abalar a ordem democrática. Gonet ressaltou que não seria necessária uma “ordem assinada” para caracterizar o crime, já que os próprios envolvidos deixaram rastros suficientes de sua participação.
As acusações incluem organização criminosa, tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Se condenados, os réus podem receber penas que somam até 43 anos de prisão.
O julgamento ocorre em meio a forte repercussão política e mobiliza a opinião pública em todo o país. Para analistas, a decisão do STF terá impacto histórico, simbolizando a resposta das instituições à maior crise democrática vivida pelo Brasil desde a redemocratização.
A sessão seguirá com os votos dos ministros nos próximos dias. Até o momento, o clima é de atenção redobrada e expectativa quanto ao posicionamento da Corte diante de um episódio que ainda reverbera no cenário político nacional.