Peripécias do Menino Ney
Edição #18 – Segunda-feira, 7 de abril de 2025
Prepare a marreta e o estômago, que lá vem pedrada e vergonha alheia!
A Prefeitura resolveu copiar a gente e agora tem até coluninha de WhatsApp, com áudio e tudo. Faltou só uma coisinha: talento. Porque criatividade mesmo só tem aqui no Peripécias, onde a tinta é ácida, o sarcasmo é afiado e a vergonha alheia é gratuita — mas sempre baseada em fatos.
Nesta edição, revelamos quem está mandando de verdade na Câmara (dica: não é o presidente), quem tá de olho nas diárias gordas com destino a Brasília, e quem transformou a saúde pública num grande circo sem palhaço — porque o palhaço, no caso, é o povo.
Então respira fundo e prepara os olhos, porque o Peripécias tá de volta. E como sempre, quando a cidade vira piada, a gente não perdoa o roteiro.
Simbora, se ajeita, respira fundo e prepara o print, que lá vem bomba. E spoiler: Testoni continua sumido, Ninho continua mandando, e a cidade… afundando.
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1️⃣ Câmara Municipal: sessão de super-heróis de araque, puxasaquismo nível “A Praça é Nossa” e portarias para todos!
Segunda-feira, 7 de abril, vem aí mais uma edição do clássico Sessão da Câmara Municipal de Ouro Preto do Oeste, aquela novela que mistura Zorra Total com A Praça é Nossa, mas sem nenhuma graça e com orçamento público. Na pauta? Contas antigas, projetos aleatórios e, como sempre, zero vergonha na cara.
E o elenco, meus amigos… Ah, o elenco! Só falta tocar a musiquinha de abertura do Chaves quando eles entram no plenário.
Weuler do Industrial, o vereador eleito pelo NOVO (mas que já tá mais velho que a piada do João Plenário), segue o manual da nova política… Só que da nova política de portaria. Coleciona cargos como quem coleciona figurinhas da Copa, mas não entrega nada. Até agora, seu mandato é tipo aplicativo do governo: prometeu tudo, não funciona nada. O vereador da indicação.
Jackson Passos, o famoso Hulk de Rondominas, é outro caso à parte. Brabeza ele tem – parece até vilão de novela mexicana, mas sem roteiro. Recentemente, surtou com a equipe do DER que tentava resolver as estradas da região e só não fez pior porque o vereador Edis Farias chegou pra apagar o incêndio. O Hulk esmurrou tanto o bom senso que sobrou foi buraco na estrada e vergonha no currículo.
Kinkinha, nosso eterno chefe informal da garagem, segue naquela vibe Seu Peru versão truculenta: pinta, borda, grita, mas só atrapalha. Forte como um boi. Tá irritando até o secretário-fantoche Fábio, que já aparece no gabinete tremendo mais que o Chaves com medo do Seu Madruga. Desde que Kinkinha tirou o desafeto Rony do patrulhamento (que, convenhamos, também não era flor que se cheire, mas pelo menos entendia da buraqueira), as estradas foram de ruim pra pavorosas. E pra piorar, como boa parte dos servidores da garagem votou no Marquinhos Gomes (aquele que abandonou todos, menos a protegida Ana Paula), Henriquinho tá com mais raiva que a Dona Clotilde sem vassoura: perseguição virou política pública.
E entre um chilique e outro, quem se salva? Ferreirinha, o único que parece ter lido o manual “Como ser vereador sem passar vergonha”. Faz perguntas incômodas, se posiciona, e até agora não foi flagrado lambendo bota nem montando em portaria.
Resumo da ópera: a Câmara virou Power Rangers versão Testolândia. Cada um com sua cor de uniforme, mas todos esperando a ordem do Zordon – no caso, Alex Testoni – pra saber se podem sair do banco.
Na segunda tem sessão. E se você espera solução… melhor sintonizar no Canal Viva. Lá pelo menos a reprise é boa.
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2️⃣ Vem aí mais uma romaria… dos boletos pagos com o seu dinheiro!
Mal você piscou, e os vereadores de Ouro Preto do Oeste já estão com a malinha pronta – e não é pra fugir da responsabilidade, não (isso eles fazem sem mala mesmo) – é pra mais uma excursão regada a diária gorda e zero cobrança real: a XXVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, de 19 a 22 de maio de 2025.
O evento, que até tem sua relevância no papel, virou tradição entre os vereadores como o “Carnaval fora de época” da política: é terno de linho na mala, crachá pendurado no pescoço, e selfie no corredor do hotel cinco estrelas pra fingir que está defendendo o povo, quando na verdade tá defendendo é o cardápio do buffet liberado.
E sim, os bravos edis de Ouro Preto já garantiram sua inscrição – que se encerrou no dia 14 de março. Estão todos animadíssimos para mais uma viagem a Brasília com tudo pago pelo bolso do contribuinte linguarudo. Afinal, nada como fugir da lama de Ouro Preto e descansar o corpo numa suíte com ar-condicionado e cortina blackout.
E como se não bastasse, tem o famoso “esquema da diária turbinada”: eles juram que vão de carro pra economizar, mas o real motivo é que, indo por terra, a Câmara banca gasolina, diária do motorista, desgaste do veículo e, claro, mais diárias pra eles! Se fossem de avião, a diária seria menor, mas de carro… ah, aí o céu é o limite (ou melhor, o limite é R$ 1.600 por cabeça!). Isso mesmo: R$ 1.600 por dia, enquanto falta papel higiênico nos postos de saúde e tem servidor concursado ganhando menos que isso por mês.
E ainda tem a cereja da marmita: Vilhena, que fica em Rondônia, virou “viagem interestadual” pra efeito de diária dobrada. É tipo chamar o banheiro do lado de fora da casa de “suíte presidencial”. A criatividade pra embolsar o dinheiro público é maior que a criatividade pra propor uma única lei decente.
Então, prepare-se, Ouro Preto: vem aí mais uma aventura parlamentar com destino certo – o seu bolso. E se reclamar, vão dizer que é fake news ou linguarudice.
A Marcha é pra Brasília. Mas quem continua marchando pra trás é o povo.
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3️⃣ Celso Cabral: o 12º vereador, infiltrado maçônico e aspirante a Testoninho dos Bastidores
Na Câmara de Vereadores de Ouro Preto do Oeste, são 11 parlamentares sentadinhos nas cadeiras. Mas quem assiste de camarote a verdadeira movimentação do poder sabe: quem manda mesmo é o 12º vereador invisível — Celso Cabral. Um servidor que parece mais poderoso que o próprio presidente da Casa, Gilvane Fernandes, que vive apanhando em silêncio como se estivesse em um relacionamento abusivo com a própria mesa diretora.
Celso, além de servidor efetivo com salário turbinado por gratificações esquisitas, ainda acumula portaria gorda como secretário legislativo. Fontes estimam que ele recebe algo próximo aos R$ 20 mil por mês, enquanto tem servidor da prefeitura que precisa de complemento pra atingir o salário mínimo. Mas o que ele faz pra merecer isso tudo? Simples: manda, manipula e manobra, como se fosse um vereador eleito com mais votos que o Ninho Testoni nas urnas do grupo da igreja.
E não é de hoje que o moço sonha alto. Já foi ventilado como possível vice de Alex Testoni em 2024, com o apoio direto da maçonaria da Loja Acácias, da qual é membro dedicado e obediente. Quem teria sugerido o nome dele? Nada menos que Adalberto, então venerável mestre da loja e político de bastidor profissional — daquelas figuras que operam no ar-condicionado enquanto o povo se ferra no ventilador quebrado.
Mas a aliança desandou quando Testoni enfiou o pé na bunda da maçonaria, com Adalberto e tudo. Um chute simbólico dado naqueles que achavam que mandavam — e estavam apenas sendo usados. Mesmo assim, dizem as más línguas que Adalberto continuou lambendo o clã, e foi além: teria ajudado o prefeito a cooptar eleitores da região de Jaru pra votar em Ouro Preto na eleição passada. O que, convenhamos, é quase um Uber eleitoral de alma vendida.
Celso voltou pra Câmara depois de um tempo cedido à Prefeitura, numa jogada pensada: enquanto Testoni precisa controlar a cidade de um lado, alguém precisava controlar a Câmara do outro. E quem melhor do que seu velho infiltrado? Agora, atua nos bastidores mandando em comissões, interferindo em pautas e ameaçando a base aliada com aquele recadinho clássico: “quem sai da linha, perde a portaria”.
Só que nem todo mundo anda caindo nessa lábia barata. Carlos Magno, ex-prefeito e líder político histórico, ao ser sondado sobre o nome de Celso para 2028, teria deixado bem claro: “meu aval ele não terá”. Talvez porque entenda que por trás dessa ambição desmedida mora um perigo: o de transformar a política em maçonaria de porão, cheia de segredinhos, alianças obscuras e um projeto pessoal acima de qualquer povo.
Enquanto isso, o presidente da Câmara, Gilvane, tenta manter a pose… mas já virou motivo de piada. Afinal, se antes ficou famoso por bater o “peru” na mesa em vídeo viral (literalmente), agora o povo quer saber: cadê o pulso firme, presidente? Tá na hora de bater na mesa de verdade e mostrar que quem manda na Câmara é você — ou então pede pra sair e deixa o Celso assumir logo o trono de fato, com direito a avental maçônico e tudo.
Resumo do episódio: Celso Cabral quer ser Testoninho 2.0, mas falta voto, sobra ego e escorre manipulação. Gilvane perdeu o controle, Adalberto se ajoelhou, e Ouro Preto segue governada por quem nunca teve coragem de enfrentar as urnas.
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4️⃣ Saúde de Ouro Preto: virou Zorra Total, com elenco completo de trapalhões e figurantes de novela mexicana
Se o Hospital Municipal de Ouro Preto do Oeste fosse uma produção da Globo, seria a mistura perfeita de Zorra Total com Avenida Brasil, escrita por roteiristas do Pânico na TV depois de uma noitada no forró. A saúde pública da cidade virou um roteiro de comédia involuntária, só que quem paga o ingresso (e a conta) é o povo.
Comecemos com nosso “vice-prefeito cozinheiro”, o Dr. Job Leonardo, que abandonou qualquer pretensão de gestão e resolveu se lançar na culinária institucional. Foi flagrado na cozinha do hospital com uma colher de pau na mão e um sorriso no rosto, parecendo o Chico Bento fazendo cosplay de Jacquin, achando que fritar ovo em cozinha pública é projeto de governo. Do jeito que vai, logo ele lança a “Feijoada da Saúde”, com entrada grátis e consulta atrasada.
Enquanto Job bate panela, quem bate ponto (e vai embora) é a turma dos médicos. Aliás, alguns batem ponto só de manhã, somem o dia inteiro e reaparecem à tarde pra fechar a jornada, tipo o Mendigo do Pânico voltando do spa. Tem “profissional” que atende mais na clínica particular do que no hospital, mas quem paga é o SUS – ou seja, você, linguarudo pagador de impostos.
E tem mais: os médicos do Mais Médicos, que deveriam atender nas UBSs, saem do plantão e emendam atestado pra não ter que ir. A galera virou especialista em ponto eletrônico fake – o Rolando Lero da saúde. E ainda tem o “visitador clínico” (seja lá o que isso for), que ganha R$ 200 a hora, mas trabalha no esquema Mágico de Oz: ninguém vê, ninguém sabe, mas dizem que ele existe.
Quem também faz mágica é o vereador Marquinhos Gomes, o mais votado de 2024 e atual dono informal do hospital. O cara ganhou de presente a indicação da diretora adjunta, Ana Paula, só pra poder continuar sua especialidade política: a regulação seletiva. Tipo um Didi Mocó com jaleco, que promete vaga em troca de voto e acha que ninguém tá vendo. Spoiler: tá todo mundo vendo.
E olha que delícia de enredo: enquanto a cidade inteira reclama da saúde, do lixo, da lama e da falta de atendimento, o clã Testoni finge que tá tudo bem, o Job finge que é chefe de cozinha, e a diretora do hospital finge que manda – quando quem realmente manda é o Marquinhos e o prefeito de bastidores: Ninho Testoni, o filhote-prodígio do caos.
Mas calma que talvez tenha um plot twist vindo aí: o Tribunal de Contas estaria se preparando para uma inspeção presencial no hospital. Será que vem aí o Capitão Nascimento do TCE, gritando “pede pra sair”? Ou mais um episódio de “Deixa disso” da ‘tropa dos engavetadores’?
Seja como for, o povo já cansou de novela. Quer mesmo é atendimento digno, médico no plantão e fim dessa marmita de corrupção servida na bandeja do Hospital Municipal.
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5️⃣ Testoni some… e tenta calar quem ficou. Mas o Peripécias tá em cada canto — até no seu gabinete, prefeito
Alex Testoni sumiu. De novo. Vai, volta, desaparece, reaparece — e ninguém sabe se é tour espiritual, curso de blefe, ou só mais uma fugidinha pra não ter que responder nada. Afinal, a Prefeitura tá em colapso, e ele… curtindo um sabático. Já virou personagem do Onde está Wally?, só que sem carisma, sem blusa listrada e com muito mais processos engavetados.
Enquanto isso, Ouro Preto do Oeste se afunda. E não é força de expressão: a obra do Campo do INCRA continua abandonada, a Praça dos Migrantes a passos lentos, o Ginásio de Esportes está paralisado há mais de seis meses, o cruzamento da BR segue escuro e perigoso, o Morro do Embratel abriga obras fantasmas e servidor punido com castigo administrativo.
Transporte escolar? Todo dia atola “por causa da chuva ” E a drenagem das águas pluviais? Só com milagre da Orixá Oyá, porque planejamento mesmo, passou longe.
E como o prefeito lida com isso tudo? Foge. Mas antes de fugir, deixa recado pra tropa: calar a boca dos servidores! Mandou diretores reunirem professores, voluntários e quem mais tiver CPF e crachá, pra fazer o que a gestão mais sabe fazer: intimidar.
Só que tem um problema, né?
A gente tá lá.
Estamos dentro da sala onde o diretor fala com voz trêmula: “ninguém comenta nada com o povo”. Estamos no corredor da escola onde o professor sussurra: “não tem merenda de novo”. Estamos no gabinete quando o prefeito dá xilique porque a tinta verde da rodoviária borrou na calça do Ninho. Estamos na hora que ele liga desesperado querendo saber onde arrumar verba, mesmo sabendo que já torrou tudo com o Diamond Poker Club e lixeiras de luxo.
Estamos lá no momento em que o prefeito sai trêmulo, toma os remedinhos tarja preta e volta com aquele sorriso de “tá tudo bem” pro story do Instagram. Estamos quando ele briga com o puxa-saco que errou o post, mas não pode demitir porque é o último soldado que restou no clã. Estamos na cozinha do Hospital Municipal, onde o vice-prefeito tenta cozinhar popularidade porque não tem utilidade institucional.
Estamos naquele grupo de WhatsApp que você acha que é só de comissionado confiável. Estamos na fila da regulação que o vereador Marquinhos Gomes usa como balcão de troca por voto. Estamos até na papelada que o Tribunal de Contas tá vindo conferir — e sim, eles estão vindo.
Então fica o recado: pode fugir, Testoni. Pode viajar. Pode tentar silenciar. Pode até rezar, fazer despacho ou consulta com os búzios. Mas você não vai escapar.
O Peripécias tá nos bastidores da sua Prefeitura, no zap do seu assessor mais linguarudo, no olho da servidora que você ameaça, na cabeça do puxa-saco que finge não ver, mas morre de medo de aparecer aqui.
Nós somos inevitáveis. Nós somos o pesadelo do Testonismo. Nós somos o que o Ninho mais teme: gente que sabe ler, escrever e pensar.
E a cada edição… a cada parágrafo… a cada trocadilho de quinta série, a gente mostra que a cidade pode estar largada, mas a vigilância tá mais viva do que nunca.
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Encerramos mais uma edição do Peripécias do Menino Ney…
E, se você chegou até aqui, é porque ainda tem estômago pra encarar essa série tragicômica chamada Testonilândia: o Reino da Cara de Pau.
Falamos de tudo um pouco: do Celso Cabral, o servidor com mania de ser prefeito; dos vereadores que amam Brasília mais do que amam a própria cidade; das fraudes na saúde que fariam até o Dr. Fritz pedir demissão; do prefeito sumido que governa de lugar incerto e não sabido — e da tentativa patética de calar servidores e disfarçar o caos com uma demão de tinta verde.
Mas, Testone… tem uma coisinha que você ainda não entendeu.
Você pode viajar, pode pintar chão, pode mandar recado atravessado pros professores, pode distribuir cargos igual doce de festa de aniversário… Mas você não pode fugir do Peripécias. Porque nós estamos em todos os lugares. No grupo da Secretaria. No cafezinho do RH. No cochicho do gabinete. No print que você achou que ninguém ia tirar. E, sim, até na cozinha do hospital.
Pra você, Alex Testone, a gente deixa um recadinho do nosso amigo Thanos:
“Eu sou inevitável.”
Até a próxima, linguarudos de plantão.
E se pintar denúncia… a gente pinta de sarcasmo também.