Sem ter a quem apelar, moradores da região central mostraram-se, na quarta-feira (12), grande preocupação com o clima tenso provocado pela permanência de desocupados e moradores de rua nas instalações do antigo Terminal Municipal de ônibus.
O problema vem se arrastando desde o início da atual administração. Segundo comerciantes locais, o prédio revitalizado no governo Mauro Nazif e de lá pra cá, 'ficou sob o comando de moradores de rua, entre os quais, usuários de drogas'. Além de parte de imigrantes fora dos programas de atenção governamental.
Na terça-feira, 11, comerciantes locais apelaram à Associação dos Ferroviários da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (ASFEMAM) na tentativa de intermediar uma saída para o problema junto as autoridades. Pedido de limpeza e desafetação da área foi apresentada ao Ministério Público Estadual e Federal.
– As pessoas não conseguem nem ir à feira fazer as compras, desabafa a dona de casa Jorgina Teles de Aguiar, 60 anos.
De acordo com dirigentes ferroviários, 'a responsabilidade é da Prefeitura em zelar pela conservação e preservação do patrimônio público e não compete a nenhum cidadão fazer a vez do poder público, afirmou o Vice-Presidente da categoria, George Telles de Menezes, 59.
Segundo ele, 'o clima é de forte tensão na área da Feira do Produtor, além do entorno e área central do Terminal de Ônibus', onde as pessoas são obrigadas a transitar em direção a esses locais e, outras às suas casas após um dia duro no trabalho.
O dirigente ferroviário apelou, através do NEWSRONDÔNIA, para que a Prefeitura, em conjunto com o Ministério Público (MPE-MPF) e a Secretaria de Segurança Pública – na ausência de uma Guarda Municipal – promovam uma operação para desafetar as instalações do antigo Terminal de Ônibus e do Shopping Popular.
De acordo com o George Telles, O Carioca, 'só dessa forma, com apoio da Polícia Civil e Militar, desocupados, moradores de rua e usuários de drogas, serão dispersados na mais nova cracolândia, no centro histórico de Porto Velho'.