Os manifestantes pró-democracia de Hong Kong, saíram às ruas para protestar contra Pequim nesta terça-feira (1º), dia em que a China comemora o 70° aniversário da revolução comunista. Houve confrontos entre a polícia e alguns ativistas radicais.
Um manifestante foi baleado no peito no distrito de Tseun Wan. Essa foi a primeira vez que alguém foi ferido por arma de fogo desde o início da onda de protestos. De acordo com o “New York Times”, a vítima é um estudante de 18 anos.
Manifestantes utilizaram coquetéis molotov, e a polícia respondeu com bombas de gás lacrimogêneo e canhões de água. Quinze pessoas, com idades entre 18 e 52 anos, foram hospitalizadas.
A RTHK, emissora pública de Hong Kong, retirou alguns repórteres das ruas depois que um deles ficou ferido levemente na cabeça, logo acima do seu olho direito, durante os confrontos.
Mobilizados desde junho, os manifestantes alegam que a China viola o princípio “um país, dois sistemas”, estabelecido no momento em que o Reino Unido devolveu o território para a China em 1997.
Apesar da proibição de protestos e das advertências para que a população evite “reuniões ilegais”, os manifestantes responderam às convocações feitas em redes sociais e se reuniram no bairro comercial de Causeway Bay.
Diante de vários centros comerciais e lojas fechadas, os manifestantes gritavam: “Apoio a Hong Kong, vamos lutar pela liberdade”. A polícia e alguns ativistas radicais entraram em confronto na região.
Atos menores foram registrados no bairro de Wanchai e diante do consulado britânico, assim como nas zonas de Sha Tin e Tsuen Wan.