Nos últimos dias dois políticos de expressão em Porto Velho, que concorreram ao cargo de Chefe do Executivo da capital, assumiram postos importantes no primeiro escalão do Governo Estadual e do Município, em mais um lance do jogo que começa a ser traçado em torno das eleições do ano que vêm.
A convocação de Vinícius Miguel e de Cristiane Lopes, o primeiro como secretário municipal de Agricultura e ela como secretária-adjunta estadual de Educação são movimento de caráter mais político que técnico, e fazem parte da costura que vem sendo elaborada com vistas ao pleito de 2022.
Miguel é assumidamente pré-candidato a senador, enquanto Cristiane vinha sendo trabalhada para concorrer a deputada estadual. Com a acomodação de ambos em grupos políticos dos quais não faziam parte, é importante ficar atento aos próximos movimentos do tabuleiro.
E, já que o tema é eleições 2022, é interessante observar dentro do primeiro escalão do governo e da prefeitura de Porto Velho a quantidade de nomes que pululam nas rodas de conversa e bastidores da política na condição de possíveis candidatos ou pré-candidatos assumidos.
Começando pelo governo, temos Evandro Padovani (Agricultura) com o bloco nas ruas em pré-candidatura acirrada à Câmara Federal. O diretor do DER, Elias Rezende, é outro que de forma mais discreta trabalha pré-candidatura também a deputado federal.
Correm por fora Fernando Máximo (Saúde) e Júnior Gonçalves (Casa Civil), que se não escancaram tal pretensão, também não negam planos neste sentido. Há ainda a primeira-dama Luana Rocha, que intensificou suas ações à frente da Assistência Social e está com uma movimentada agenda paralela dos programas de sua pasta nas viagens do marido pelo Estado afora. E, é claro, o próprio Marcos Rocha, que certamente vaí à reeleição.
Na prefeitura de Porto Velho a coisa não é tão intensa, mas temos o agora ex-secretário Luis Cláudio, que justamente deu lugar a Vinícius Miguel na Agricultura, que deve tentar retornar à Câmara dos Deputados. Também se fala muita na possibilidade de Ieda Chaves, a primeira-dama, concorrer a deputada federal, assunto ainda cercado de mistério, algo compreensível dada a posição do marido, que precisa estar bem com a bancada federal neste momento.
Mas, no Município, a grande incógnita atende pelo nome de Hildon Chaves, que de tanto negar sem muita convicção uma eventual condição de pré-candidato deixa todos de orelha em pé aguardando o que pode acontecer.
Como dá para perceber, tem muito cacique pra pouca espaço político, e as pretensões de toda essa gente ainda esbarram nos interesses partidários e nas pretensões de quem atualmente ocupa os cargos que estarão em disputa. Mas já é possível antecipar que nos bastidores destes dois primeiros escalões o caldeirão deve ferver a partir da virada do ano, quando a coisa começar a se afunilar.