Investigadores teriam chegado mais facilmente à documentação que comprova a inserção e exclusão de dados do sistema do Ministério da Saúde
A Polícia Federal prevê a conclusão das investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, a partir da delação de Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, ainda este ano. Membros da PF com acesso ao processo afirmam que a fase mais avançada aborda a fraude no cartão de vacinas de Bolsonaro, seus amigos e familiares.
A investigação teria obtido documentação que comprova a manipulação de dados no sistema do Ministério da Saúde, relacionando-a ao conhecimento do ex-presidente. A PF trata a possibilidade de prisão de Bolsonaro com normalidade, enfatizando que, se houver provas de envolvimento em crimes, qualquer investigado, incluindo Jair Bolsonaro, será detido.
Apesar de a delação de Mauro Cid não ter sido divulgada na íntegra, ela já teria produzido efeitos, de acordo com fontes da PF. Cid, ex-homem de confiança de Bolsonaro, forneceu informações sobre o 8 de janeiro, o desvio de joias recebidas como presente da Arábia Saudita e a fraude no cartão de vacinas. A PF compara a delação a um roteiro que tem contribuído para a obtenção de mais evidências.
A defesa de Bolsonaro, apesar da exposição pública, argumenta que a delação completa ainda não foi divulgada. A PF assegura que não haverá perseguição nem proteção a qualquer indivíduo, destacando a importância de evitar erros cometidos no sistema criminal anteriormente. A defesa do ex-presidente continua negando todas as acusações contra ele.