A cidade de Ariquemes, localizada no interior de Rondônia, está vivenciando uma grave crise ambiental que ameaça seus recursos hídricos e a biodiversidade local. Cercada por três rios importantes o Jamari, o Canaã e o Rio Branco, uma cidade depende dessas fontes de água tanto para o abastecimento de seus habitantes quanto para a manutenção da fauna e flora da região.
As nascentes, que antes eram fontes de água pura e cristalina, hoje estão sendo usadas como depósito de lixo. O descarte inadequado de resíduos, como animais mortos, esgoto doméstico, sacolas plásticas, garrafas PET e até eletrodomésticos velhos, como sofás, fogões e pneus, tornou-se comum em várias áreas da cidade. Além disso, o desmatamento irregular e as queimadas criminosas em pastagens e à beira das estrelas
A seca e a poluição contribuem para a redução drástica no nível dos rios, o que já resultou na morte de numerosos peixes e outros animais, tanto domésticos quanto silvestres. “A situação é insustentável. Os rios estão secando, e em algumas áreas já não há água suficiente para os animais beberem. É triste ver o impacto dessa destruição”, relatou um morador local
A crise hídrica não afeta apenas a fauna, mas também a população, que já enfrentou dificuldades com a falta de água em diversas partes do município. O Rio Jamari, principal responsável pelo abastecimento de Ariquemes, tem sofrido com a poluição causada pelo descarte inadequado e pelo desmatamento ao longo dos anos
Apesar de as autoridades municipais estarem cientes da situação e aplicando multas a responsáveis por queimadas e desmatamentos irregulares, muitos acreditam que a fiscalização ainda é insuficiente. Organizações ambientais locais recebem instruções sobre ações mais relevantes, como campanhas de conscientização, reforço na coleta de lixo e maior rigor na proteção das áreas de preservação ambiental.
O alerta é claro: se nada for feito, o futuro de Ariquemes e de seus rios está em perigo. Medidas urgentes precisam ser tomadas para proteger esses recursos naturais essenciais, e a participação da população é fundamental. A cidade, seus moradores e a vida selvagem dependem de ações rápidas para evitar que uma crise ambiental se alastra mais do que já esta.
Por Alerta Rondônia/Almi Coelho