A paixão pelo futebol sempre existiu na vida de Eduardo Alves, que ficou mais conhecido nos gramados da década de 70 como Dudu. O goleiro conta que a posição foi quem o escolheu e com o tempo bastou apenas aperfeiçoar os passes na hora do jogo. Para comemorar o Dia do Goleiro, 26 de abril, Dudu trouxe à memória momentos especiais no clube do Botafogo em Porto Velho. Ele conta que por muitas vezes se espelhou nos passos do ídolo e inspiração para a data comemorativa, o goleiro Haílton Corrêa Arruda, conhecido pelo torcedores do Botafogo-RJ como Manga.
Foram mais de cinco anos de dedicação para defender a camisa de número 1 do Botafogo em Porto Velho. Dudu conta que entre vitórias e derrotas, vivenciou momentos únicos debaixo da trave do alvinegro.
– Com certeza me inspirei muito no meu ídolo, o Manga. Foram cinco anos de dedicação ao Botafogo de Porto Velho. Além de ter sido profissionalizado, mesmo sendo um time amador, pude viver momentos incríveis entre viagens e campeonatos, derrota e vitórias. Claro que foram mais vitórias.
O goleiro conta que o momento mais inesquecível da carreira foi estar cara a cara com o atacante, na época, do Ferroviário, e deixado o lance passar. O gol marcado pelo adversário amarga na mente do goleiro.
– Com certeza o que nunca esqueci foi quando estava jogando pelo Botafogo e eu perdi um lance feito por correia do Ferroviário no Portal da Amazônia. Naquele dia o resultado no placar foi de 1 a 0 para eles. Eu podia ter defendido.
A camisa do coração é branca e preta, mesmo tendo jogado em outros clube, para Dudu, a estrela nunca saiu do peito.
– Lembro que podia jogar em qualquer clube e sempre fui muito dedicado, mas todos sabem que sou botafoguense e minha família também.
Além das várias defesas e história no clube, Dudu conta que o futebol trouxe a construção de uma família além de muitos amigos.
– Além de ter sido pela primeira vez reconhecido como profissional no clube do Botafogo, também pude fazer amigos que até hoje tenho contato, e o mais importante que foi constituir minha família.
Dudu conta que apesar de jogar apenas em amistoso, diz sentir a diferença no futebol da década de 70 para atual.
– Antigamente no futebol existia uma rivalidade que nos motivava a jogar com mais dedicação e raça. Me lembro que a gente nunca perdeu para o Acre, era algo inadmissível. Era uma rivalidade levada a sério. Mas com o passar do tempo, hoje vejo que os jogadores não tem mais aquele amor pela camisa, apenas jogam, não competem.
Com estrela azul, Botafogo de RO faz homenagem ao Alvinegro Carioca
O presente que Dudu conta que gostaria de um presente para o dia que é comemorado o Dia do Goleiro: reviver um de seus melhores momentos como goleiro.
– Uma partida que nunca vou esquecer e se eu pudesse eu reviveria seria uma em que eu vestia a camisa do Atlético-AC e jogamos contra o Mixto de Cuiabá e a gente ganhou de 1 a 0. Foi um dia perfeito!
Dudu comemora 70 anos no dia 19 de junho. Ele conta que começou a jogar aos 15, parou aos 30, e fala que sempre que é convidado ainda participa de amistosos.
– Vez ou outra ainda jogo e defender a camisa de número 1. Participo de jogos em amistosos entre Brasília e Porto Velho, onde tem jogadores acima dos 50 anos. E ainda defendo muito! – Dudu conta alegre.
Resumo da trajetória de Eduardo Alves
Dudu iniciou aos 15 anos para preencher a vaga de goleiro no time de futsal de Porto Velho o Cinco Avos. Ele tem passagem por time históricos como o Moto Clube, Cruzeiro e São Domingo, também tem participação em time do Acre, como Atlético do Rio Branco. Mas foi no Botafogo de Porto Velho que o atleta foi profissionalizado e defendeu a camisa do alvinegro por cinco anos. Dudu tem 15 anos de profissão, e mesmo com quase 70 anos, ainda participa de amistosos com amigos que conheceu em campo.