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Nove pessoas morrem pisoteadas durante baile funk em Paraisópolis/SP

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Nove pessoas morreram pisoteadas e 12 ficaram feridas durante tumulto após ação da Polícia Militar em baile funk na comunidade de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, na madrugada deste domingo, 1.º. A corporação afirma que os agentes de segurança perseguiam dois suspeitos em uma moto, quando entraram no local da festa, que reuniu cerca de 5 mil pessoas. Já moradores, em relatos e vídeos, acusam os PMs de agir com truculência. O Estado informou que vai investigar as circunstâncias das mortes para apontar se houve excessos. 

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Os nomes dos mortos não foram divulgados. Segundo a PM, eram oito homens (ao menos dois adolescentes) e uma mulher. Muitas das vítimas não eram de Paraisópolis, segundo lideranças comunitárias, o que pode ter dificultado tentativas de fuga do local, que tem cerca de 100 mil habitantes e é vizinho ao Morumbi, bairro de classe média alta da zona sul. 

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Conforme a versão oficial, seis PMs estavam na Avenida Hebe Camargo, perto da comunidade, quando uma dupla passou de moto por volta das 5h30 da manhã e atirou contra os policiais. Conforme a PM, a dupla fugiu em direção à festa e foi perseguida. Ao chegar ao baile, os policiais dizem que começou o tumulto e os suspeitos se esconderam na multidão. Isso teria feito com que participantes da festa, em pânico, tropeçassem e se machucassem gravemente. 

“Usaram as pessoas como escudos humanos para tentar impedir a ação da polícia”, afirmou o porta-voz da PM, tenente-coronel Emerson Massera. “As pessoas foram na direção (dos PMs) arremessando pedras e garrafas. Houve necessidade de munição química. Quatro granadas, duas de efeito moral e duas de gás lacrimogêneo, além de oito disparos de bala de borracha para dispersar as pessoas que estavam no local colocando em risco a vida dos policiais e dos frequentadores.” Conforme a PM, não houve disparo de armas de fogo, mas os equipamentos dos agentes foram apreendidos para análise pericial. Não houve suspeitos detidos. 

Em relatos nas redes sociais, a líderes comunitários e ao Estado, testemunhas afirmam que os PMs cercaram os participantes da festa nas vielas da comunidade e apontam truculência dos agentes de segurança. Nas redes sociais, circulam vídeos de supostas agressões cometidas por PMs, mas não há confirmação sobre data e local exatos das gravações. Nas imagens, é possível ver também que as pessoas ficaram encurraladas em becos. 

(As pessoas) não foram encurraladas. Uma pessoa tropeçou e caiu. Outras estavam tentando sair e pisotearam”, disse o porta-voz da polícia, destacando que a investigação ainda apontará se houve falha. Segundo ele, vídeos recebidos pela PM serão analisados para apontar se as gravações se referem de fato ao baile e se houve excessos. Algumas imagens, disse, “sugerem abusos e ação desproporcional por parte da polícia”, mas ainda não é possível dizer se são verdadeiras e se há culpados. 

O governador João Doria (PSDB), disse, no Twitter, ter determinado “apuração rigorosa” para esclarecer “as circunstâncias e responsabilidades deste triste episódio”. A Polícia Civil e a Ouvidoria das Polícias também vão apurar o caso. 

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