Com as contas atrasadas, governo estuda possibilidade de legalizar os jogos de azar, como jogo do bicho, pôquer, bingos, cassinos, jogos pela internet, jogo do bicho e caça-níqueis.
No entanto, a legalização divide opiniões.Veja os prós e contras da legalização.
Vantagens e desvantagens da legalização dos jogos de azar no Brasil
Diante da discussão sobre a legalização ou não dos jogos de azar, grupos contra e a favor apresentam seus argumentos. Veja!
Pontos a favor da legalização
Aumento na arrecadação
Apesar da proibição, parte da população continua participando de jogos de azar como jogo do bicho, caça-níqueis e bingos clandestinos.
Ocorre que com a proibição, o governo deixa de arrecadar tributos sobre um mercado que movimenta cerca de R$20 bilhões por ano.
Desta forma, um dos argumentos dos favoráveis a legalização é justamente a arrecadação de impostos sobre serviços que hoje não são tributados.
Taxação indolor
Ao arrecadar impostos sobre este tipo de atividade, o governo consegue aumentar seu orçamento sem precisar onerar a população com o aumento de tributos. Ou seja, neste caso, apenas os que utilizassem este tipo de serviço seriam tributados pelo governo.
Mais empregos
Em um país com mais de 12 milhões de desempregados, conforme dados revelados pelo IBGE, ao legalizar os jogos de azar, parlamentares a favor da legalização apostam na abertura de milhares de vagas de emprego, o que contribuiria tanto para o aquecimento da economia, quanto para a distribuição de renda.
E mais, pessoas que trabalham com jogos de azar passariam a ter seus direitos trabalhistas reconhecidos e passariam a contribuir para a previdência.
Argumentos contra a legalização dos jogos de azar
Parlamentares contra a legalização apresentam suas razões. Veja!
Lavagem de dinheiro
Em razão de boa parte das transações ser feita em espécie, é praticamente impossível que o governo consiga fiscalizar os truques de contabilidade, o que se torna uma maneira de tornar legal o dinheiro obtido de forma ilícita, a tão conhecida lavagem de dinheiro.
Inclusive, esse foi uma dos argumentos utilizados pelo então presidente Lula para proibir a existência de bingos e casas de jogos, em 2004.
Dificuldade de fiscalização
Dada a extensão do Brasil, que tem 26 estados federados, e 5 570 municípios e mais o Distrito Federal, é praticamente impossível controlar as atividades dos jogos de azar que atualmente possui uma rede organizada de pontos distribuídas por diversos bairros, como é o caso do jogo do bicho.
Além disso, a maioria das vezes os donos deste tipo de negócio são laranjas, o que dificulta ainda mais encontrar os bens provenientes destes tipos de atividades.
Vício em jogo
Existem pessoas que são viciadas em jogos de azar, assim como os dependentes de drogas como álcool ou cocaína.
A inclusão oficial do vício em jogatina entrou no rol das patologias em 1992, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) colocou o jogo compulsivo no Código Internacional de Doenças.
Por isso, quem é contra acredita que a legalização pode tornar mais fácil o acesso dessas pessoas aos jogos e estimular ainda mais o vício.