O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez duras críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao relatório final do G20, que foi realizado no Brasil, sobre a guerra entre Ucrânia e Rússia. Em declarações recentes, Zelensky afirmou que a posição do Brasil e do bloco internacional foi “fraca” e sem apoio significativo à Ucrânia no conflito.
Durante sua conversa, Zelensky comentou o fato de que o comunicado final do G20 evitou uma condenação explícita às ações da Rússia. Para o presidente ucraniano, a cúpula do G20 não demonstrou apoio suficiente à Ucrânia. “Quero ser bastante direto e transparente: se quisermos boas relações entre as nossas nações, precisamos apoiar primeiro as pessoas, e não os agressores, como Putin e a Rússia de hoje”, afirmou Zelensky.
Além disso, o presidente da Ucrânia criticou o posicionamento de Lula durante o encontro, destacando que, apesar de já terem mantido um “bom diálogo” em uma ocasião anterior, Lula também demonstrou uma postura “fraca” em relação ao conflito. Para Zelensky, o “populismo” não é capaz de deter o presidente russo Vladimir Putin.
Zelensky também levantou questionamentos sobre o papel do Brasil como possível mediador no conflito, afirmando que não poderia haver mediação brasileira diante da falta de uma posição clara e firme do país durante o G20. “O Brasil não se expressou em relação à agressão de Putin e da Rússia. Essa fraqueza dá a Putin a oportunidade de continuar com seus ataques, até mesmo durante eventos tão grandes quanto a cúpula”, declarou.
O presidente ucraniano enfatizou que não deseja se envolver em uma “diplomacia sem sentido” que adote um tom ameno em situações tão graves. Para ele, declarações mais firmes e ações concretas poderiam ter um impacto no comportamento de Putin. “Acredito que, se houver declarações e passos fortes, Putin não se comportaria assim”, concluiu Zelensky, criticando o que ele considera uma falta de eficácia nas abordagens adotadas durante o G20, especialmente no que se refere ao tratamento da questão ucraniana.