“Para mim o que provocou a morte dele foi a negligência médica. A médica não fez os testes novamente enquanto a gente falava que ele estava vivo”, disse a avó de Augusto.
O Ministério Público de Rondônia (MP-RO) abriu um processo para apurar o caso do Augusto. A situação também é investigada pela Polícia Civil e pela Secretaria Municipal de Saúde de Ariquemes que instaurou procedimento de investigação interno.
No despacho inicial, o MP pediu cópia do boletim de ocorrência que a família registrou na delegacia e informações da Secretaria de Saúde sobre a abertura de procedimento administrativo para apuração dos fatos.
De acordo com o delegado responsável, Leandro Balensiefer, os profissionais de saúde do Hospital Municipal de Ariquemes compareceram de forma espontânea na delegacia para prestar depoimento. O agente funerário que percebeu que a criança estava viva e a avó do bebê também foram ouvidos.
“Está na Justiça, quero Justiça. A médica e o obstetra não quiseram examiná-lo, depois deram ele como morto, depois voltou e deu como vivo. Então minha palavra continua a mesma: foi negligência… Olha o tanto que essa criança lutou”, comentou a avó.
O caso Augusto
O caso aconteceu no último mês, mãe não sabia que estava grávida. Ela procurou atendimento na rede pública de saúde duas vezes sentindo fortes dores, mas foi mandada para casa ainda sem saber da gravidez, segundo relato dos familiares.
As dores começaram a aumentar e ela acabou dando à luz o bebê prematuro em casa, sem ajuda médica. A mãe estava no sétimo mês de gestação e o pequeno nasceu pesando pouco mais de 1 quilo.
Quando chegou ao hospital, os profissionais de saúde acreditaram que a criança prematura tinha nascido morta e enviaram a criança — viva — para os cuidados do agente funerário. Ele percebeu os sinais vitais do bebê e buscou ajuda médica.
Colaboraram: Rinaldo Moreira, da Rede Amazônica, Jaíne Quele Cruz e Ana Kézia Gomes, g1 Rondônia.
Fonte: G1