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Diretora critica livro “O Avesso da Pele” e alega “vocabulários de tão baixo nível”

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Em mensagem nas redes sociais, ela pede que o governo federal retire exemplares enviados para escola no Rio Grande do Sul

A diretora de uma escola de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, publicou um vídeo em uma rede social criticando o livro “O Avesso da Pele”, escrito por Jeferson Tenório e vencedor do Prêmio Jabuti 2021. Ela alega que a obra traz “vocabulários de tão baixo nível”.

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Na mensagem, ela solicita que o governo federal retire os exemplares.

“Lamentável o governo federal, através do MEC [Ministério da Educação] adquirir esta obra literária e enviar para as escolas com vocabulários de tão baixo nível para serem trabalhados com estudantes do ensino médio. Solicito ao Ministério da Educação buscar os 200 exemplares enviados para a escola. Prezamos pela educação dos nossos estudantes e não pela vulgaridade”.

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O autor do livro fez um post em suas redes sobre a polêmica.

“A diretora de uma escola fez um vídeo acusando o livro de usar palavras de ‘baixo calão’ e de conter cenas de atos sexuais. Após repercussão e de uma moção de um vereador, a 6ª CRE [Coordenadoria Regional de Educação] mandou recolher os exemplares das escolas e bibliotecas até que governo federal se manifeste”, escreveu Jeferson Tenório.

“As distorções e fake news são estratégias de uma extrema direita que promove a desinformação. O mais curioso é que as palavras de ‘baixo calão’ e os atos sexuais do livro causam mais incômodo do que o racismo, a violência policial e a morte de pessoas negras”, afirma Jeferson.

Em nota, porém, a Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul disse que não orientou para que o livro fosse retirado de bibliotecas da rede estadual de ensino.

“O uso de qualquer livro do PNLD [Programa Nacional de Livros Didáticos] deve ocorrer dentro de um contexto pedagógico, sob orientação e supervisão da equipe pedagógica e dos professores”, diz a secretaria, que ainda aponta que “a 6ª Coordenadoria Regional de Educação vai seguir a orientação da secretaria e providenciar que as escolas da região usem adequadamente os livros literários”.

Em nota, o Ministério da Educação afirma que a “aquisição das obras se dá por meio de um chamamento público, de forma isonômica e transparente” e que as obras são avaliadas por profissionais inscritos no banco de avaliadores.

O MEC ainda destaca que “os livros aprovados passam a compor um catálogo no qual as escolas podem escolher, de forma democrática, os materiais que mais se adequam à sua realidade pedagógica, tendo como diretriz o respeito ao pluralismo de concepções pedagógicas”.

A pasta reforça a relevância do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) e a adesão de mais de 95% das redes de ensino do Brasil.

A Companhia das Letras, editora que publicou o livro, disse repudiar qualquer ato de censura. A empresa argumenta que, “para chegar ao colégio em questão, ainda precisou passar por aprovação da própria diretora, que assinou o documento de ‘ata de escolha’ da obra e agora contesta o conteúdo do livro. Esses dados são transparentes e públicos”.

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