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Piloto e médicos driblam temporal para buscar órgãos doados em RO para transplante: ‘a gente não podia esperar’

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Órgão foram captados em hospital de Cacoal. Fígado foi levado para paciente de Brasília e córneas e rins para pacientes de Porto velho.

Uma equipe médica de Porto Velho precisou ‘driblar’ um temporal durante uma viagem de Porto Velho até Cacoal (RO) para coletar córneas, rins e fígado que seriam captados e doados para pacientes diferentes.

A operação para o transporte da equipe médica de Porto Velho até a capital do café ocorreu no domingo (21), e foi marcada por uma corrida contra o tempo.

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O piloto do avião, João Cordeiro, gravou um vídeo mostrando o momento da decolagem debaixo de intensa chuva. Em entrevista ao g1, ele diz que conduzir a pequena aeronave em meio ao temporal foi desafiador.

“Nos saímos diante de muita chuva em Porto Velho. Estava chovendo desde 3h. Decolamos às 06h30 para Cacoal e muita água caía naquela hora, mas a gente não podia esperar, pois órgãos têm um prazo para poder fazer a captação”, explica.

João Cordeiro pilotava o bimotor Beechchaft Baron 58 (da Polícia Civil) e conta ter sido necessário uma atenção redobrada, pois do lado de fora do avião acontecia um temporal.

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Enquanto João e a equipe médica decolavam de Porto Velho, um avião da FAB saiu de Brasilia, também com destino a Cacoal.

Isso porque o fígado a ser doado naquele momento era para um paciente internado no Distrito Federal.

“Após o término da cirurgia de captação dos órgãos, os pilotos da FAB foram avisados. Por volta das 14h as duas aeronaves decolaram. O avião da FAB que foi para Brasilia transportou o fígado e o outro, com rumo a Porto Velho, os rins e córneas. Fico muito feliz em poder ajudar e por poder fazer valer o nosso juramento de que: Por uma vida, qualquer sacrifício é um dever”, diz.

 

Lucas Sanches Gabriel teve morte cerebral  — Foto: Arquivo Pessoal

Os órgãos captados em Cacoal eram de Lucas Sanches Gabriel. Ele conduzia uma motocicleta em Alta Floresta D’Oeste (RO), no último dia 17 de fevereiro, quando acabou colidindo com um animal silvestre.

Lucas foi encontrado por populares e socorrido ao Hospital Municipal. Na unidade foram feitos procedimentos médicos e, pela gravidade do estado de saúde, Lucas foi encaminhado ao Heuro de Cacoal, porém foi constatado morte encefálica do paciente.

Ao g1, a irmã de Lucas, Gabriela Sanches, falou sobre decisão da família pela doação dos órgão do irmão — após receber o diagnóstico de morte cerebral.

“A caridade ao próximo sempre foi ensinada por nossos pais. O fato de trabalharmos com saúde e sabermos como essa ação é importante para todos que necessitam também foi fato para escolher a doação de órgãos. Por fim, saber que um excelente motorista de máquinas pesadas que por tantas vezes atravessou o país e sofreu diversos acidentes, vir a perder a vida desta forma, com certeza foi um chamado de Deus”, disse.

A escolha por doar os órgãos, segundo Gabriela, também já havia sido manifestada por Lucas aos familiares.

“Entendemos espiritualmente que a vida na terra é uma etapa da nossa evolução. Todos os irmãos (5 no total) foram a favor da doação. A vida dele continuará. Fizemos a vontade dele que era de ajudar em tudo que fosse possível, mesmo que não tivesse manifestado por escrito“, disse.

Lucas deixa dois filhos, de 8 e 9 anos. O enterro dele acontece na tarde desta segunda-feira (21) no cemitério Recanto da Paz, em Porto Velho.

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