quarta-feira, maio 21, 2025
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Empresa de Rondônia recebeu pagamento em espécie para transportar extremistas dos atos de 8 de janeiro

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Empresas responsáveis pela contratação de ônibus que levaram radicais a Brasília no 8 de Janeiro receberam pagamentos em “dinheiro vivo”, e parte delas atuou em campanhas de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022. O nome das empresas consta em um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) obtido pelo Estadão. O documento cita parte dos financiadores dos ataques às sedes dos Três Poderes. Ao todo, 83 pessoas e 13 empresas estão envolvidas nas contratações.
A Bernardes & Bernardes Transportes, de Rondônia, recebeu, em 2022, pagamentos por serviços eleitorais para a campanha do senador Marcos Rogério (PL-RO). Motorista e sócio da empresa, o microempresário Jhoni dos Santos Bressan ganhou R$ 30 mil para levar grupos de bolsonaristas a Brasília. “O cara motoqueiro chegava lá de viseira escura e mandava conferir o dinheiro”, disse ele ao Estadão.

Bressan afirmou que não sabe informar quem foram os verdadeiros financiadores do transporte para o 8 de Janeiro. Ele disse ter sido procurado para o serviço por meio do WhatsApp e que recebeu os pagamentos em dinheiro, em espécie, entregue por motoqueiros, em encontros em cidades de Rondônia.

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Envelope

“Peguei o primeiro envelope com dinheiro em Vilhena [interior de Rondônia]. Essa primeira viagem era para deixar acampados no Quartel-General do Exército em Brasília e vendemos por R$ 19 mil mais diárias. A última [viagem] foi feita por R$ 30 mil”, afirmou Bressan ao Estadão.

Procurado, o senador Marcos Rogério não informou como ocorreu a contratação da empresa durante a campanha.

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Já a Odilon Araújo Júnior Transportes, batizada com o nome de seu fundador, de Santa Catarina, prestou serviços para a campanha do atual governador do Estado, Jorginho Mello (PL-SC), ex-senador. Procurado, o governador de Santa Catarina disse, em nota, que a Odilon Araújo Júnior Transportes foi contratada e devidamente remunerada pelos serviços prestados e que os gastos contam na prestação de contas aprovada pela Justiça Eleitoral. “O que a empresa pretensamente fez depois disso é de responsabilidade única e exclusivamente dela.”

À reportagem, o empresário Odilon Araújo Júnior disse que foi procurado durante as eleições para prestar serviços para a campanha de Mello. “Transportei gente do Jorginho de um lado para o outro, mas nem sei se o governador entrou no carro. Não tem nada a ver com as pessoas que me contrataram para o transporte a Brasília no dia 8 de janeiro”, declarou Araújo Júnior.

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