quinta-feira, março 20, 2025
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O contraste da educação indígena em Rondônia e a escola Aikanã

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Que a educação de Rondônia na atual gestão deu um salto incalculável do ponto de vista da valorização pedagógica e salarial dos seus servidores é um fato inegável, sob o comando da competentíssima secretária Ana Lucia Pacini, que montou uma equipe comprometida com a educação, atraindo olhares diversos com a implementação e inovação tecnológica além do empenho e investimentos robustos na formação continuada dos professores é um feito nunca visto ou pelo menos conhecido por poucos em nosso estado.

Na busca ativa do cumprimento constitucional em oferecer às comunidades de difícil acesso assim como a todo e qualquer cidadão o direito de estudar, o governo do estado expandiu com sucesso a oferta do ensino através da mediação tecnológica para ajudar o ensino regular, investiu em recursos humanos e tecnológicos para atender as demandas e fechar as lacunas com melhores condições de cidadania, de trabalho e de inclusão social aos estudantes desse seguimento populacional.

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No entanto ao circular via whatsapp, fotos e vídeos da primeira feira de ciências na escola Aikanã, localizada na comunidade indígena Rio do ouro no município de Chupinguaia, onde o corpo docente da supracitada escola promoveu junto aos seus alunos e comunidade a primeira feira do conhecimento, dando um show de inclusão, integração, promoção do conhecimento e fomentação do espirito de cidadania entre outros, fomos buscar mais informações sobre essa movimentação pedagógica no intuito de divulgar as boas práticas e ações educacionais no estado de Rondônia, mas nos deparamos com uma escola completamente insalubre, sem a mínima condição de exercício do ensino! Escola em situação digna do verdadeiro S.O.S ministério público, S.O.S poder judiciário, S.O.S OAB, S.O.S direitos humanos, S.O.S (…)

A reportagem foi a campo e ouviu pessoas próximas do cotidiano escolar na comunidade e ficou incrédula do que escutou e viu através de fotos e vídeos: No momento em que está chovendo é impossível qualquer prática educacional dentro da suposta escola em razão de molhar dentro do ambiente tanto quanto do lado de fora, disse um cidadão indignado; o prédio prestes a desabar em virtude da estrutura de madeira fragilizada e na falta de manutenção ao longo dos anos, parece mais com uma tentativa de homicídio coletivo que um ambiente propriamente dito de educação, enfatizou outro; a escola está pendendo a cada dia e queira “Deus” que estejamos errados, mas com esse descaso aos alunos e professores, logo receberemos a melancólica notícia da tragédia anunciada do desabamento da escola com todos alunos e professores dentro, porém não será por falta de aviso pois todos sabem, mas nada fazem para impedir, complementou outro anônimo. O fato requer uma premente ação por parte das autoridades competentes e que tenha de fato competência e responsabilidade, pois o caos encontra-se instalado e o contexto da educação indígena, pede socorro em virtude de vidas humanas estarem em jogo.

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No entanto apesar da melancólica exposição, registrou-se com ênfase a coragem, força de vontade, dedicação, responsabilidade profissional e social do corpo docente da escola que não se hesitou em dá o seu melhor, criando alternativas dignas de prêmios por boas práticas educacionais e sociais em um ambiente completamente atípico e indigno de se chamar local de ensino que talvez o saudoso Geraldo Vandré esteja reverenciando os docentes guerreiros (as) das escolas indígenas com o emblemático refrão: Vem, vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora e não espera acontecer!.. Pois os trabalhos pedagógicos daquela escola junto à comunidade provocando com essa ação, o despertar, dando ênfase à motivação e mostrando na prática que o professor da escola pública no Brasil, deve sempre ir “caminhando, cantando e seguindo a canção, remete-nos a insolúvel indagação: Todas as escolas indígenas de Rondônia estão debaixo do mesmo crivo, ou seja, sob as mesmas condições precárias e insalubre ou essa falta de respeito e responsabilidade se aplica apenas ao povo Aikanã? Entretanto independente das causas e razões, parabéns aos professores (as) e equipe pedagógica da escola Aikanã pelo belíssimo trabalho na feira do conhecimento ou ciências, deixando sempre o espaço aberto para manifestação e esclarecimentos das autoridades competentes pois a democracia agradece e os direitos humanos são parâmetros para uma educação homogênea e universal.

Todavia concomitante a este desastre administrativo desagradável na escola Aikanã, emergiu-se o questionamento reflexivo que talvez seja uma verdadeira incógnita para se responder: Cadê a assembleia legislativa do estado de Rondônia com os seus legisladores? Por onde andam ou aonde estão os deputados que deveriam fiscalizar sob o amparo da lei que os assiste? Os deputados federais proativos das redes sociais, estão aguardando o quê na verdade para agirem ou pelo menos se pronunciar? A gerência da superintendência de educação de Vilhena, tem uma explicação lógica e humanizada que seja digna de uma reflexão positiva? Bem, nós enquanto veículo e meio de comunicação livre, compromissado com a verdade e boa informação, deixamos o espaço aberto no aguardo de uma resposta lógica pois a sociedade espera, a democracia agradece e a Constituição exige transparência e tratamento igualitário para com todos os federados.

Por Almi Coelho,/Alerta Rondônia

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