Tem sido difícil para o piloto brasileiro Felipe Massa descansar durante as férias de fim de ano. Procurado pela Williams, ele passou a ser perseguido também pela imprensa. Nesta terça-feira pela manhã, o canal de TV Sky Sports Itália publicou através de suas redes sociais que o brasileiro já tem um contrato assinado com a equipe inglesa para substituir o finlandês Valtteri Bottas em 2017. Segundo os italianos, Bottas estaria de saída para a Mercedes, onde iria assumir a vaga deixada pelo atual campeão mundial Nico Rosberg, que anunciou a aposentadoria da Fórmula 1 no início do mês. Já no Brasil, por telefone, Felipe Massareagiu com surpresa à notícia.
– Eu não tenho nada a dizer, cara. Isso aí é coisa que eles estão falando. Estou na minha quieto aqui. Não quero nem participar. Tudo o que saiu até agora não é nada oficial – disse.
Ainda segundo a TV italiana, Felipe assinou com a escuderia britânica, na última segunda-feira, um contrato de seis milhões de euros (cerca de R$ 20 milhões) para disputar a temporada 2017. O que se entende é que seu contrato possui uma cláusula que anula o seu retorno caso a contratação de Bottas pela Mercedes não se concretize. O francês Nicolas Todt, empresário do brasileiro, é quem está à frente das negociações com a Williams.
A surpreendente decisão de Nico Rosberg de se aposentar logo após conquistar seu primeiro título mundial, aos 31 anos, no auge da carreira, colocou fogo no mercado de pilotos da Fórmula 1 para 2017. Simplesmente abriu-se uma vaga na atual melhor equipe do grid, a Mercedes. Com isso, a equipe alemã tenta trazer Valtteri Bottas, que tem a carreira agenciada por Toto Wolff (chefe da Mercedes), para o time. Mas com as revoluções que os carros sofrerão na próxima temporada, a possível ida de Bottas para Mercedes seria um golpe duro na Williams, que precisaria de um piloto experiente para entender as mudanças e ajudar o garoto Lance Stroll em seu primeiro ano na Fórmula 1. A equipe de Grove chegou a cogitar a contratação de Jenson Button, mas a opção por Felipe se mostra mais viável, já que o piloto está adaptado ao time que faz parte desde o início de 2014. Além da parte técnica, o lado comercial também favorece o retorno do brasileiro, já que o contrato da Martini (marca de bebidas e principal patrocinadora da equipe), impõe que um dos pilotos seja maior de 25 anos para divulgação da marca – lei em diversos países da Europa.