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Caso Lauanny Hester: Polícia Civil conclui inquérito e três pessoas são indiciadas em RO

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O inquérito do caso Lauanny Hester foi concluído e três pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil. A menina de dois anos foi espancada até a morte em Ariquemes (RO), no Vale do Jamari, no dia 21 de setembro deste ano.

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Após a conclusão das investigações, foram indiciados o pai de Lauanny, Willian Monteiro da Silva, e a madrasta, Ingrid Bernardino, pelo crime de homicídio qualificado mediante tortura e por motivo fútil. A avó paterna da criança, Suely dos Santos Monteiro, foi indiciada por omissão, pois ela tinha a guarda legal da menina desde o mês de maio.

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A Polícia concluiu que o pai e a madrasta agrediram a criança e provocaram a morte. Eles utilizaram ainda objeto contundente para agredir a criança. O objeto não foi identificado, mas a investigação atestou que a Lauanny não foi agredida apenas com força física.

O laudo tanatoscópico apontou que a criança morreu em decorrência de hemorragia no coração, pulmão e fígado.

O delegado responsável pelo caso, Rodrigo Camargo, falou na manhã desta segunda-feira (14) sobre as investigações e relatou que as agressões à menina eram constantes e que ela chegava a passar fome em casa.

“Nós tivemos oitiva de várias pessoas, conseguimos localizar várias testemunhas que comprovavam que essas crianças sofriam maus tratos. Juntamos documentos mostrando o histórico familiar de agressões que essa criança sofria, pegamos documentos do Conselho Tutelar que comprovavam essas denúncias. Inclusive uma testemunha importantíssima comunicou que essa criança ficava em cárcere privado algumas vezes dentro da casa. A criança as vezes passava fome e ficava mais de seis horas sem comer e sem beber a ponto de essa testemunha oferecer água por uma fresta da porta e passar pão para a criança por baixo da porta”, conta o delegado.

O inquérito foi encaminhado para o Ministério Público de Rondônia (MP-RO) que tem o prazo de cinco dias para apresentar denúncia à Justiça.

Os suspeitos do homicídio estão presos desde o dia do crime. O pai da menina está no Centro de Ressocialização de Ariquemes, e a madrasta ficou presa no Presídio Feminino de Ariquemes por quase três semanas e depois foi transferida para Porto Velho, pois havia uma condenação em aberto por participação em um roubo na capital.

A avó da criança, suspeita de omissão, está em liberdade. A Rede Amazônica não conseguiu contato com a defesa de Suely dos Santos Monteiro.

O advogado de defesa do casal, Hamilton Trondoli, informou que vai aguardar a apresentação da denúncia pelo MP-RO para análise defensiva do caso.

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