O Sindicato dos Farmacêuticos de Rondônia (SINFAR-RO) e a Federação Interestadual dos Farmacêuticos (FEIFAR) manifestaram total repúdio à proposta da Secretaria de Estado da Saúde (SESAU-RO) de criação de um Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) exclusivo para médicos. A medida, que prevê aumento salarial apenas para essa categoria, vai na contramão da Lei nº 8.080/90, que estabelece que o plano deve valorizar todos os profissionais da saúde.
Para as entidades, a proposta é inviável e injusta, uma vez que exclui os demais trabalhadores da área da saúde, desconsiderando a importância de cada profissão no atendimento à população. Segundo o presidente da FEIFAR, Renato Soares Pires Melo, o PCCR da saúde estadual foi elaborado com a participação de todas as categorias, incluindo os médicos, que agora tentam se sobrepor às demais profissões.
“É notório que essa proposta partiu da categoria médica, que impôs essa condição à Secretaria de Saúde. A valorização dos profissionais deve ser para todos, e não apenas para uma única classe. Esse tratamento desigual só gera mais insatisfação e desunião entre as categorias”, afirma Renato Melo.
A vice-presidente do SINFAR-RO, Dra. Lérida Vieira, também criticou duramente a iniciativa da SESAU-RO, apontando que a proposta desconsidera o trabalho essencial de outros profissionais da saúde, como farmacêuticos, enfermeiros, fisioterapeutas, biomédicos e tantos outros.
“Quando foi preciso, todas as categorias se uniram para lutar por um PCCR justo. Agora, os médicos tentam criar um plano exclusivo, ignorando os demais trabalhadores. Isso não apenas prejudica os outros profissionais, mas compromete a segurança do paciente, pois todas as áreas são essenciais para um atendimento de qualidade”, ressalta Lérida Vieira.
Para as entidades representativas dos farmacêuticos, a Secretaria de Saúde não deveria sequer considerar essa proposta, que fomenta desigualdade entre os profissionais de saúde e prejudica a harmonia no ambiente de trabalho.
Diante desse cenário, o SINFAR-RO e a FEIFAR reafirmam seu compromisso com a defesa dos direitos de todos os profissionais da saúde e já estão mobilizados, junto às demais categorias afetadas, para pressionar a Assembleia Legislativa a rejeitar essa proposta absurda.
“Não aceitaremos um PCCR que privilegia apenas uma categoria em detrimento das demais. A luta por melhores salários e condições de trabalho deve ser coletiva, e não um privilégio de uma única classe profissional”, finaliza Renato Melo.
Fonte: Sindicato dos Farmacêuticos de Rondônia (SINFAR-RO) e a Federação Interestadual dos Farmacêuticos (FEIFAR).