O Vaticano vive mais uma vez a expectativa da escolha de um novo pontífice. Nesta quarta-feira (7), os 133 cardeais com direito a voto se reuniram pela primeira vez na Capela Sistina para iniciar o conclave que definirá o sucessor do Papa Francisco. A tradicional fumaça preta, emitida pela chaminé da capela, sinalizou que nenhum nome alcançou os dois terços necessários — o equivalente a 89 votos — para ser eleito papa.
O conclave segue protocolos rigorosos e se realiza sob absoluto sigilo. Durante a votação, os cardeais permanecem isolados do mundo externo até que um novo pontífice seja escolhido. A fumaça preta, produzida pela queima das cédulas sem resultado positivo, foi vista por centenas de fiéis e turistas que aguardavam com ansiedade na Praça de São Pedro.
O processo continuará nesta quinta-feira (8), com até quatro votações por dia: duas pela manhã e duas à tarde. Caso algum cardeal alcance o número mínimo de votos, a fumaça branca subirá pela chaminé, indicando ao mundo a escolha do novo líder da Igreja Católica.
A sucessão ocorre em um momento de grande expectativa. O Papa Francisco, de 88 anos, anunciou sua renúncia alegando fragilidade física e a necessidade de que a Igreja seja conduzida por alguém com “vigor físico e espiritual renovado”. Seu pontificado, iniciado em 2013, ficou marcado por esforços de modernização da Igreja, defesa dos pobres, diálogo inter-religioso e enfrentamento de escândalos internos.
Enquanto isso, especulações continuam sobre os possíveis favoritos à sucessão. Nomes como o do cardeal africano Peter Turkson, o filipino Luis Tagle e o italiano Matteo Zuppi aparecem entre os mais mencionados por especialistas em Vaticano, mas tudo permanece incerto até o último voto.
A Igreja Católica, com mais de 1,3 bilhão de fiéis no mundo, aguarda agora com esperança e orações a eleição do novo papa, que assumirá uma missão espiritual e diplomática de proporções globais.