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Coronavírus volta com tudo em Rondônia, faz muitas vítimas, lota hospitais e UTIs: o negacionismo cobra nova fatura

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Os não-vacinados têm contribuído sobremaneira para o regresso do caos sanitário.

Há tempos o jornal eletrônico Rondônia Dinâmica tem usado seus editoriais a fim de opinar rechaçando veementemente práticas de ordem negacionista, especialmente as antivacinas.

Quando o secretário de Saúde (Sesau/RO) alertou, em novembro de 2021, onde à época os casos de Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2) já haviam quadruplicado, que pelo menos 80% das mortes estavam relacionadas a não-vacinados, a sociedade deu de ombros.

Ou pelo menos parte significativa dela, o que já é mais do que suficiente para manter o vírus circulando e o contágio em alta.

Isto sem contar que, também à ocasião, 400 mil pessoas não voltaram para receber a segunda dose do imunizante.

“Por favor, sua vacina está na geladeira”, disse Máximo em tom de súplica.

Passadas as festanças de final de ano, a nova fatura do negacionismo chegou: a “gripezinha”, como denominou o presidente da República Jair Bolsonaro, do PL, já levou a óbito mais de 6,8 rondonienses. E os números se acentuam a cada Boletim Informativo distribuído pelo Governo de Rondônia.

A pandemia não acabou. E pelo visto não está nem perto de acabar.

O resultado veio a galope: 90% das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) lotadas, de novo, expondo mais um caos sanitário, e a Sesau/RO reabrindo o Centro de Reabilitação de Rondônia (Cero).

Dos hospitais com UTIs em Rondônia, três registravam taxa de 100% de ocupação até a noite de quarta-feira, conforme relatório do Estado. São eles: Cemetron (em Porto Velho); Hospital Municipal Cândido Rondon (Ji-Paraná); e Heuro (Cacoal).

O regresso do vírus veio escalonando, mas houve um aumento abrupto do dia 17 para 18 de janeiro, quando ocorreu um salto de 764 casos para 1.611 no dia seguinte.

Dia 21 – 2.056 / Cinco mortes
Dia 20 – 1.631 / Duas mortes
Dia 19 – 1.711 / Três mortes
Dia 18 – 1.611 / Quatro mortes
Dia 17 – 764 / Uma morte

São 7,7 mil casos em cinco dias apenas. E as mortes também regressaram em profusão.

E é lamentável conceber que boa parte dessa volta triunfal da doença está relacionada exclusivamente ao comportamento de eixo importante da população que simplesmente continua ignorando normas comezinhas com o uso da máscara e utilização do álcool em gel. Isto sem contar a questão do distanciamento social.

A pior parte, sem sombra de dúvidas, tem a ver com o negacionismo voltado à vacina. De acordo com o Boletim Informativo no dia 21, sexta-feira, a segunda dose havia sido aplicada em pouco mais de um milhão de pessoas, sendo que a população de Rondônia, atualmente, já é quase o dobro disso.

E sem completar o ciclo vacinal não há garantia de imunização; e sem a garantia de imunização, seguem os óbitos e as internações por infecções agudas causadas pela enfermidade.

As pessoas estão cansadas; as autoridades também. De fato não é fácil enfrentar um vírus com tamanho potencial de destruição e que já assola a Humanidade há pelo menos dois anos. Entretanto, sem colaboração mútua e consciência coletiva, vencer a pandemia é uma ideia cada vez mais distantes.

E o mais triste, no fim, é que o resultado trágico que dá vitória parcial ao Coronavírus é básico, quase um clichê: é o perder para si mesmo.

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