Articulação política nos bastidores pode abrir caminho para Marcos Rocha disputar o Senado em 2026; plano envolve renúncia de conselheiro e mudança no comando do governo estadual
Uma movimentação política nos bastidores do Palácio Rio Madeira pode redesenhar o cenário político de Rondônia nos próximos meses. O governador Marcos Rocha (União Brasil) estaria articulando a indicação do atual vice-governador, Sérgio Gonçalves – irmão do ex-chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves – para uma vaga de conselheiro cargo vitalício no Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO), com salário mensal de R$ 41 mil.
Segundo apurações de bastidores, a vaga só ficaria disponível mediante renúncia do atual conselheiro Jaílson Viana, que estaria sendo cotado para assumir a primeira suplência em uma eventual candidatura de Marcos Rocha ao Senado Federal nas eleições de 2026.
Com a ida de Sérgio Gonçalves ao TCE e uma possível renúncia do governador para disputar o Senado, o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO), deputado Alex Redano (Republicanos), assumiria o governo do Estado. Nesse cenário, o deputado estadual Laerte Gomes (PSD) passaria a presidir a ALE.
A possível manobra, embora ainda não confirmada oficialmente, vem gerando fortes especulações nos bastidores políticos da capital e interior. A estratégia, se concretizada, consolidaria um novo eixo de poder em Rondônia, com influência direta do grupo político de Júnior Gonçalves e fortalecimento da base aliada de Rocha.
Aliados veem a movimentação como uma jogada de mestre rumo ao Senado. Críticos, por outro lado, apontam indícios de favorecimento político e questionam a moralidade da indicação para o cargo vitalício.
Até o fechamento desta matéria, nem o governador Marcos Rocha, nem o conselheiro Jaílson Viana se pronunciaram oficialmente sobre o assunto.