quarta-feira, outubro 29, 2025
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Tentativa de Trumpistas em retomar bases brasileiras reacende debate sobre soberania nacional

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Nos últimos dias, veio à tona uma informação que causou inquietação entre autoridades brasileiras e especialistas em geopolítica: diplomatas ligados ao ex-presidente norte-americano Donald Trump estariam articulando, ainda que de maneira informal, a retomada do uso estratégico do Aeroporto de Fernando de Noronha (PE) e da Base Aérea de Natal (RN), alegando “direito histórico” em função dos investimentos feitos pelos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria.

As movimentações, ainda sem qualquer respaldo oficial do governo brasileiro, estariam sendo conduzidas por representantes que orbitam em torno do trumpismo. A proposta envolveria o uso irrestrito das instalações para fins logísticos e de vigilância geoestratégica, devido às posições privilegiadas de ambas as bases no Atlântico Sul. Fernando de Noronha é vista como um ponto estratégico para monitoramento oceânico, enquanto a Base Aérea de Natal é considerada ideal para operações aéreas intercontinentais.

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Apesar da especulação, especialistas alertam: qualquer cessão de território ou estrutura militar a forças estrangeiras exige aprovação do Congresso Nacional, conforme estabelece a Constituição Brasileira de 1988. Qualquer decisão nesse sentido, sem respaldo legal, seria uma grave violação da soberania nacional.

O Itamaraty e o Ministério da Defesa ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o tema. Nos bastidores, entretanto, a notícia é tratada com cautela e preocupação. A possibilidade de concessão, mesmo que parcial, de bases estratégicas brasileiras a uma potência estrangeira reacende um velho debate: até que ponto o Brasil está disposto a negociar sua autonomia em troca de alianças militares e econômicas?

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Em meio a esse cenário, vozes da sociedade civil, militares da reserva e analistas internacionais vêm se manifestando contrários à proposta. Para eles, permitir que os Estados Unidos – e ainda mais sob a influência de uma figura tão controversa como Donald Trump – voltem a operar em território nacional seria reabrir feridas do passado e comprometer a neutralidade do Brasil em disputas globais.

Enquanto isso, a população observa com atenção o desenrolar dos fatos. A expectativa é de que o Congresso e as instituições brasileiras estejam atentos a qualquer tentativa de ingerência externa que possa colocar em risco a soberania e a autodeterminação do país.

Por: Almi Coelho-DRT 1207 / Alerta Rondônia

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