Para o ex-parlamentar o ideal é a duplicação de toda extensão da BR-364 em Rondônia
Em 11 de fevereiro de 2022, o ex-deputado estadual Adelino Follador (União Brasil) participou da Audiência Pública que discutiu a privatização da BR-364, no trecho que vai de Vilhena a Porto Velho, em Rondônia. A rodovia, com uma extensão de 729 km e passando por 18 municípios, está em vias de ser concedida à iniciativa privada por um período de 30 anos. O projeto prevê a instalação de sete praças de pedágio ao longo da estrada. No entanto, Follador se mostrou insatisfeito com o fato de que a proposta não contempla as melhorias que considera fundamentais, como a duplicação de trechos cruciais.
Durante a audiência, segundo o ex-deputado, não foi proposto a duplicação de apenas 100 km da BR-364, porém o parlamentar destacou a necessidade urgente de intervenções em vários trechos, especialmente entre Jaru e Candeias do Jamari. Segundo ele, esse percurso tem registrado aumento no tráfego de carretas, o que tem gerado riscos tanto para os motoristas de veículos pesados quanto para os de veículos leves. A lentidão no trânsito, especialmente em horários de pico, também tem causado transtornos.
“É inadmissível que em um projeto de tamanha importância, que afeta diretamente a segurança e a fluidez do tráfego, a duplicação de apenas 100 km seja considerada suficiente. A duplicação precisa ser feita ao longo de toda a extensão da rodovia”, afirmou Follador. Ele ressaltou ainda que a falta de participação de outras autoridades na Audiência Pública dificultou uma discussão mais ampla e profunda sobre as necessidades reais da BR-364.
Adelino Follador também apontou que o projeto de privatização não contempla as necessidades do setor produtivo, em especial o agronegócio de Rondônia, que será duramente impactado pelos altos custos do pedágio e pela baixa quantidade de obras previstas. “Praticamente todos os setores econômicos do estado, especialmente o agronegócio, serão prejudicados com esse modelo. O impacto será grande e de longo prazo, com custos elevados e poucas melhorias na infraestrutura”, completou.
Em sua fala, Follador também mencionou a importância de outras rotas, como a rodovia que liga Mato Grosso e Rondônia através de Machadinho D’Oeste. Esta alternativa, segundo ele, poderia aliviar o tráfego na BR-364, permitindo um fluxo mais eficiente de veículos e ajudando a desafogar os pontos mais críticos.
O Governo Federal já programou para a próxima quinta-feira, 27 de fevereiro, a licitação na Bolsa de Valores de São Paulo, para escolher a empresa que ficará responsável pela administração das sete praças de pedágio ao longo da BR-364. A concessão está prevista para ocorrer nos próximos meses, e a expectativa é que os impactos para a população e para os setores produtivos sejam imediatos.
Com a privatização, Follador questiona se o projeto está realmente alinhado com as necessidades de desenvolvimento e segurança do estado. Para ele, é fundamental que as autoridades repensem o modelo de concessão para garantir que a BR-364 não só atenda às exigências de pedágio, mas que também ofereça a infraestrutura adequada para o futuro de Rondônia.
Autor: Ítalo Coelho DRT 1120