O enfrentamento às ações criminosas no ano de 2016 ganhou reforço do Grupo Armado de Resposta Rápida (GARRA) em sete regiões integradas da Segurança Pública. O Garra entrou em atividade nos municípios de Cuiabá, Alta Floresta, Sinop, Barra do Garças, Rondonópolis, Juína e Confresa.
Para o delegado geral, Rogério Atílio Modelli, os grupos táticos especializados vêm suprir uma deficiência da PJC, no atendimento de ocorrências de maior gravidade no interior do Estado, como os roubos a banco. “São ações mais complexas que precisam de policiais preparados para o atendimento rápido, até a chegada de reforços do GOE. Com os grupos especializados nesses locais, a resposta tem sido mais célere”, disse.
Antes de começar a atuar nas regiões, 94 policiais lotados nas regionais passaram por 60 horas de capacitação no 1º Estágio de Operador do Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra), para o pronto-emprego das técnicas operacionais no atendimento de ocorrências graves ou de alto risco a integridade física de pessoas e do policial.
Treinamentos
Em cada uma das localidades, os policiais receberam intenso treinamento alinhado a conhecimentos teórico e prático. As aulas aconteceram pela manhã, à tarde e à noite, com o objetivo de aprofundar técnicas de abordagem, tiros e munição (de diferentes tipos e calibres), entrada tática em ambientes confinados, gerenciamento de crise, sobrevivência policial individual, entre outras disciplinas necessárias ao aprimoramento do policial para o emprego em ações criminosas de eminente risco.
O treinamento foi realizado por policiais da Gerência de Operações Especiais (GOE), nas Regionais da Polícia Civil, que passam a coordenar as equipes do Garra em suas localidades, em consonância com a doutrina do GOE.
De acordo com o delegado do GOE, Ramiro Mathias Ribeiro Queiroz, que também é coordenador do Garra em Cuiabá, o treinamento é padronizado. “Se juntarmos os policiais do Garra de Alta Floresta com os do Garra de Rondonópolis ou Confresa, todos vão falar a mesma linguagem. São policiais preparados para qualquer situação, sendo nosso primeiro contato na região. Se a ocorrência evoluir para uma crise ou uma situação, por exemplo, com refém, estão instruídos a chamar o GOE”, explicou.
“O Garra é muito importante, não só para potencializar as investigações e intervir em situações mais graves, mas também por mostrar a presença forte do Estado. Só tenho a parabenizar o nosso secretário e o governo estadual, que entendeu a necessidade da Polícia Civil ter um grupo tático em cada região”, afirmou Araújo.
Em Barra do Garças (509 km a Leste), o delegado regional, Adilson Gonçalves, informou que o Garra está atuando em toda a regional. “São duas equipes, uma usada todos os dias nos atendimentos diários e outra nas eventualidades, nas situações de risco envolvendo roubos a banco, aos correios e nas demandas mais complexas. Aqui é uma região de divisa e também queremos fortalecer a segurança de fronteira”, disse.
As últimas Regionais a receberem o treinamento do Goe foram Juína, com 14 policiais (13 investigadores e 1 delegados) capacitados entre os dias 5 e 10 de dezembro, e Confresa, que iniciou o curso no dia 13 e finalizou no ultimo domingo, 18 dezembro, com aulas em período integral, ministradas para 14 investigadores e 1 delegado de polícia.