Mais de 200 pessoas em motocicletas, incluindo mulheres e crianças, invadiram uma base da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), resgataram duas motos que estavam apreendidas e ameaçaram queimar o posto policial no começo desta semana em Guajará-Mirim (RO), fronteira com a Bolívia. Sete pessoas foram identificadas pela PM, mas até esta terça-feira (22) não houve prisões.
Segundo a PM, os invasores são pessoas que vivem e exploram ilegalmente terras localizadas na Estrada Parque, uma área de preservação ambiental.
No momento da invasão à base do órgão, a maioria dos suspeitos estava armada com revólveres e coquetéis molotov. Pessoas com espingardas e outras armas de fogo também ficaram posicionadas dentro do mato, a fim de impedir qualquer reação da polícia.
Além de requerer os veículos apreendidos, os invasores exigiram o fim da fiscalização da polícia na região, sob ameaça de incendiar o posto policial. O portão que bloqueia a estrada, para controlar o tráfego durante a noite foi destruído.
Pneus de duas viaturas também foram cortados. Um dos responsáveis pelos danos foi identificado. Ele e outros seis suspeitos foram indiciados por dificultar ou obstar fiscalização, incitação ao crime e associação criminosa.
Como os militares disseram que não poderiam decidir pelo fim da fiscalização, os invasores exigiram uma reunião com algum representante do Governo. Depois que recuperar as motos apreendidas e danificar veículos e o portão de bloqueio da estrada, o grupo fugiu, informando que a região estava cercada por pessoas em carros, para uma fuga em massa, caso houvesse confronto com a PM.
Em resposta, a Coordenadoria de Unidade de Conservação do Governo divulgou nota nas redes sociais informando que o Estado de Rondônia tem o dever de proteger as Unidades de Conservação e que assim o fará.
Segundo a nota, equipes policiais e apoio aéreo já foram mobilizados e estão a caminho do Parque.