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Violência política em 2024 é quase o dobro de 2020 e 2022, diz Observatório

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De janeiro a outubro, houve 311 casos de violência política; o número é quase o dobro dos registros das eleições presidenciais de 2022

Um estudo produzido pelo Observatório da Violência Política e Eleitoral da Universidade Federal do estado do Rio de Janeiro (Unirio) finalizado na tarde desta quinta-feira (03) aponta que entre 1 de janeiro e o dia 2 de outubro deste ano houve 311 casos de violência contra lideranças políticas ou familiares que disputam cargos municipais neste domingo.

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O número é quase o dobro do mesmo período de 2020, quando foram contabilizados 168 casos de violência política. Em 2022 foram 174 casos. Nesses dois anos a conta foi até o dia 30 de setembro.

Segundo o pesquisador Pedro Bahia, um dos autores do estudo, os números assustam, mas é preciso considerar as diferenças de 2024 com as eleições anteriores.

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“A gente tem dificuldade de tirar conclusões comparativas pois em 2020 teve o fator pandemia e a eleição foi em novembro. E a pandemia pode explicar que casos de violência física sejam menores pois a campanha de rua foi mais reduzida”, disse.

Ele também aponta não ser possível comparar diretamente 2024 com 2022 pois são eleições diferentes. “A eleição passada foi nacional. Tem característica distinta da municipal em que os candidatos ficam mais perto do eleitor. Mas de qualquer modo estamos assustados com esses números”,

Homicídios

O levantamento mostra que desses 311 casos, 83 atingiram pré-candidatos ou seus familiares e 228 candidatos ou seus familiares.

“Nota-se uma tendência de aumento dos casos ao passar do tempo: quanto mais próximo do pleito, maior a incidência da violência”, diz a nota.

O levantamento mostra ainda que “a violência física se sobressai com 167 episódios (53,7%), com ênfase para as agressões”. Ocorreram ainda 53 homicídios tentados e 35 homicídios consumados. Em seguida, com 84 episódios (27%), aparece a violência psicológica, composta por diferentes formas de ameaças e intimidações. Posteriormente, a violência econômica, com 32 casos (10,3%), a violência semiótica, com 26 casos (8,4%), e por fim, dois casos de violência sexual (0,6%)”, diz o documento.

O estado que mais chama atenção foi o Rio de Janeiro, com 17 casos, sendo nove deles na Baixada Fluminense.

O estudo mostra ainda que 23 partidos tiveram ao menos um pré-candidatos ou candidato afetado no período. O União Brasil lidera o ranking com 38 episódios (12,2%), seguido por PT, com 36 (11,6%) e MDB, vom 34 (10,9).

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