A Polícia Federal prendeu, nesta semana, um servidor do Instituto Federal de Rondônia (IFRO) que estava com mandado de prisão em aberto. O caso causou indignação ao vir à tona que o funcionário, apesar de procurado pela Justiça, seguia trabalhando normalmente e recebendo salário como servidor público federal.
Segundo informações apuradas, o detido integrava uma lista de servidores federais que, mesmo com pendências criminais, ainda mantinham vínculos ativos com a União. A prisão foi efetuada por agentes da PF, que, sob alegação de sigilo processual, não divulgaram o nome do servidor nem o local da abordagem.
Fontes próximas à investigação confirmaram que o mandado de prisão se referia a uma condenação definitiva, ou seja, não cabendo mais recursos. O caso evidenciou um problema maior na estrutura pública: dados levantados por órgãos de controle apontam que ao menos 47 servidores federais em todo o Brasil se encontram na mesma situação — considerados foragidos da Justiça, mas ainda vinculados ao funcionalismo público e recebendo salários.
Até o momento, o Instituto Federal de Rondônia (IFRO) não se pronunciou oficialmente sobre a prisão e as possíveis medidas administrativas que serão tomadas em relação ao servidor.
O episódio reacende o debate sobre a necessidade de maior integração entre os sistemas de Justiça e o serviço público para coibir irregularidades e garantir a integridade da máquina estatal.