sábado, abril 12, 2025
- Publicidade -

PCC ofereceu R$ 3 milhões para matar empresário, afirma colunista

Mais lidos

Diálogo foi captado enquanto Vinícius estava acompanhado de um policial civil, que era seu amigo até então.

Oempresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, de 38 anos, assassinado na sexta-feira no Aeroporto Internacional de Guarulhos, havia entregue ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) um áudio onde dois interlocutores discutiam a sua morte por R$ 3 milhões.

Continua após a publicidade..

Segundo informações reveladas por Josmar Jozino, colunista do UOL, essa gravação, feita por ele mesmo em seu escritório, foi apresentada aos promotores do Gaeco após a homologação de um acordo de delação premiada, ocorrido em abril de 2024. O diálogo foi captado enquanto Vinícius estava acompanhado de um policial civil, que era seu amigo até então.

Na ocasião, o policial recebeu uma ligação de uma pessoa ligada a acionistas de uma empresa de ônibus suspeita de envolvimento com o PCC e investigada na operação Fim da Linha. A chamada foi colocada no viva-voz, permitindo que Vinícius ouvisse a conversa. No áudio, os interlocutores discutem valores, com um dos participantes questionando se “três está bom”, numa aparente referência aos R$ 3 milhões que seriam pagos pelo assassinato do empresário. Ao longo da conversa, o homem ainda pergunta ao policial se “o passarinho [Vinícius] estava voando”, ou seja, saindo de casa.

Continua após a publicidade..

O policial, ao encerrar a ligação, comentou com Vinícius: “Você escutou, você é meu irmão”, e questionou o motivo das ameaças contra ele. O agente ainda sugeriu que “pegariam o autor das ameaças e lhe dariam uma lição”. Durante a conversa, o policial aconselhou o empresário sobre como montar sua defesa em relação ao processo em que era acusado de envolvimento nos homicídios de Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, em 2021, na zona leste de São Paulo. Ambos eram ligados ao PCC e Cara Preta, em especial, era figura influente no tráfico internacional de drogas.

Vinícius teria mandado matar Cara Preta após um golpe envolvendo R$ 40 milhões que recebeu do narcotraficante para investir em criptomoedas. Quando a fraude foi descoberta, o empresário começou a receber ameaças constantes de morte. O policial que esteve envolvido na gravação acabou preso em outra operação da Polícia Federal, enquanto Vinícius passou a ser ameaçado mais intensamente após a delação premiada.

Além do áudio sobre a ameaça, Vinícius também forneceu ao Gaeco informações sobre o envolvimento de policiais civis em esquemas de corrupção e propinas. Entre os denunciados estão agentes do DHPP, Deic e do 24º Distrito Policial (Ermelino Matarazzo), o que ampliou a complexidade e alcance da investigação.

- Publicidade -
- Publicidade -

Você pode gostar também!

Pular para o conteúdo