sábado, fevereiro 1, 2025
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FORAGIDO, EX-VEREADOR FOGE DA PM, PULA MURO E ACABA PRESO EM CHUPINGUAIA

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O ex-vereador de Chupinguaia (RO), Roberto Ferreira Pinto, de 57 anos, foi preso após pular o muro para tentar fugir da PM, na quinta-feira (23). Conforme registro policial, o ex-parlamentar pulou o muro da casa ao ver a Polícia Militar (PM) chegando no endereço dele, fugiu por alguns metros, mas acabou preso. Roberto foi condenado a 10 anos de prisão, em abril de 2013, por invadir uma fazenda.

Segundo o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), Roberto articulou, juntamente com outro comparsa, a invasão da fazenda Dois Pinguins, localizada na zona rural do município. No conflito, registrado em fevereiro de 2012, um funcionário da fazenda foi baleado.

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De acordo com a PM, ao chegarem à residência do ex-parlamentar, Roberto fugiu pelos fundos, pulou o muro e sofreu escoriações em uma mão. Ele foi acompanhado pelos militares, recebeu voz de prisão e levado ao quartel.

Depois do registro da ocorrência ele foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Vilhena (RO), e levado ao Centro de Ressocialização Cone Sul para cumprimento da pena.

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Roberto estava recorrendo em liberdade, mas o TJ-RO já havia mantido a decisão de primeira instância. Depois disso, no ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que condenados em segunda instância, mesmo recorrendo, deveriam começar a cumprir a pena imediatamente. Após a nova medida, Roberto não foi visto na cidade e era considerado foragido da justiça.

O advogado Sebastião de Castro Filho resumiu que o processo criminal do seu cliente ainda não foi transitado em julgado e ainda está em grau de recurso.

Eleições
Roberto Ferreira Pinto (PSD) foi vereador em Chupinguaia por dois mandatos, de 2008 a 2016. Desta forma, quando se envolveu na invasão da fazenda Dois Pinguins, era parlamentar. Nas eleições de 2012, ele estava preso, quando foi eleito com 127 votos.

No ano passado, mesmo com o mandado de prisão decretado pela Justiça, o então vereador se candidatou novamente. Mas, ele só apareceu na cidade depois que entrou em vigor o período em que não podia ser preso.

De acordo com o Código Eleitoral, candidatos não podem ser presos nos 15 dias que antecedem o primeiro turno das Eleições, com exceção de crimes em flagrante delito. Porém, a candidatura de Roberto foi indeferida.

Crime
Segundo o TJ-RO, o então vereador foi preso preventivamente no dia cinco de fevereiro de 2012, durante a Operação “Gaia-1”, deflagrada pela Polícia Civil de Vilhena. Na ocasião, ele era suspeito de ter envolvimento com invasores de terras em Chupinguaia.

Na sentença, em 2013, foi relatado que em outubro de 2011, uma determinação judicial pedia para que um grupo de invasores deixasse a fazenda. Contudo, após desocuparem a área, os invasores, chefiados por Roberto, voltaram a invadir o local.

Um dos proprietários e mais funcionários foram expulsos da propriedade, enquanto os invasores, armados e encapuzados atiravam contra eles. Um dos trabalhadores ficou ferido, fugiu para a mata, onde ficou por dois dias, até ser encontrado.

Na sede da fazenda, o grupo manteve um funcionário em cárcere privado. Os invasores também destruíram barracos e danificaram duas caminhonetes. Na decisão do TJ-RO, ainda é relatado que os infratores tinham plena consciência do ato criminoso, pois fizeram reuniões para organizar a tomada da fazenda.

No dia do crime, o grupo seguiu junto até a divisa da propriedade, onde usaram capuzes e disparos de arma de fogo, enquanto outros comparsas prestavam apoio moral e logístico.

Roberto e outro acusado não estiveram na fazenda, contudo, as investigações apontaram que ambos foram os mentores da ação e ficaram na cidade monitorando a polícia e passando informações privilegiadas ao grupo, caso fosse necessária uma fuga emergencial.

Roberto foi condenado a 10 anos e seis meses de reclusão, por lesão corporal, cárcere privado, esbulho possessório, dano qualificado, formação de quadrilha e desobediência.

 

 

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