A lista da transparência do trabalho escravo foi divulgada recentemente pelo Ministério do Trabalho. Ao todo, são 250 nomes de empresas denunciadas por manter empregados em regimes de trabalho semelhantes à escravidão. No Tocantins, 21 empresas constam na relação, a maioria são fazendas. Os dados são referentes ao período entre 2014 e 2017. Essa lista, porém, é diferente da lista suja do trabalho escravo.
“Essa lista da transparência vem para divulgar nomes de empregadores e empresas que praticaram trabalho escravo. Mas a lista suja tem um poder de repressão maior a esse crime. Porque quem está nessa segunda lista fica impedido de receber financiamentos de bancos públicos ou vender seus produtos para empresas que fazem parte de um pacto de erradicação do trabalho escravo”, disse o agente de Comissão Pastoral da Terra, Evandro Rodrigues.
As fazendas onde foram identificados trabalhadores em regime de escravidão ficam em Paranã; Dueré; Babaçulândia; Dois Irmãos; Angico; Lagoa da Confusão; duas em Natividade; Colmeia; Sandolândia; Peixe; Sandolândia; duas em Araguaína; Porto Nacional; Chapada da Natividade; Paranã; Muricilândia; Ponte Alta do Bom Jesus; Arapoema e Crixás do Tocantins.
Nestes locais foram encontrados 173 trabalhadores em situação semelhante á escravidão. A definição atual de trabalho escravo, conforme a legislação, não está apenas ligado à privação de liberdade, mas também as condições do trabalho. Assim, não acontece apenas na zona rural, mas também em setores como a construção civil e confecção.
“A configuração atual está envolvendo muito as condições degradantes de trabalho. Que são questões de alojamento, água, alimentação, falta de pagamento e diversos outros aspectos que configuram esse trabalho escravo”.